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Duas Bolas Em Campo


Dizem que atrapalha. Mas, ao contrário do que as leis teimam em impor,
a malta acha que se deve entrar sempre com... duas bolas em campo.

26/10/08

E agora, Professor, de que falamos?


Fez-me confusão ouvir Jesualdo dizer (embora tenha compreendido de alguma forma que o tenha feito) que, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo FC Porto - Leixões, não queria falar rigorosamente nada acerca do encontro anterior, da Liga dos Campeões, com o Dinamo de Kiev, em que os dragões sairam derrotados em casa por 0-1. Fez-me confusão porque sentia-se perfeitamente o desconforto do treinador em relação ao assunto. Na minha opinião, não há que temer qualquer assunto e abordar tudo com frontalidade. Sim... o facto de ser jornalista torna-me suspeito nesta opinião, visto que quando os treinadores falam abertamente sobre todos os jogos (anteriores e futuros) eu tenho mais matéria-prima para o meu trabalho; e isso é positivo. Jesualdo não quis falar disso e quis falar apenas da liderança do campeonato e do jogo com o Leixões. Foi isso que fez.

No final da partida com a equipa de Matosinhos - em que o FC Porto averbou a segunda derrota consecutiva em casa (2-3) - Jesualdo Ferreira entrou na conferência de imprensa fez uma declaração, levantou-se e foi-se embora, não respondendo a qualquer questão dos jornalistas. Presumo que também não quisesse falar (mais) do encontro com o Leixões. Ou seja, a política do professor parece mesmo ser não falar dos jogos passados... mesmo que só estejam passados alguns minutos do apito final e ainda nem se tenha saído do estádio.

De que falaremos, então, Professor, nas conferêncais de imprensa? Só do que quer? Talvez seja incorrecto fazê-lo mas posso lembrar-lhe que as perguntas que fazemos representam as perguntas que os adeptos do futebol fariam, se pudessem, e que as respostas que dá são a informação que chega aos mesmos interessados nas notícias relacionadas com o desporto em geral e o futebol em particular, que nem sempre quere saber só o que pensa do próximo jogo que o FC Porto fará.
Remate de Marco António @ 11:48
Boladas sobre FC Porto
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15/10/08

«Pena o "Cartão de Sócio" ser o BI...»


Deve ser isto que pensam, neste momento, milhões de "sócios" da Selecção (os verdadeiros, não aqueles que têm aquele pseudo-cartão-de-crédito que surgiu mesmo antes do Euro). É que, se somos "sócios" deste "clube" só por sermos portugueses (e até fazemos por ter as "quotas" em dia, apesar da crise vigente)... a verdade é que não dá jeito nenhum rasgar o cartão em dois, como se fazia dantes. Ficar sem o B.I. é uma carga de trabalhos.
Remate de Marco António @ 22:55
Boladas sobre Selecção
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03/10/08

Uma questão de distâncias*


No passado fim-de-semana fiz pela primeira vez o trajecto a pé entre o Estádio de Alvalade e o Estádio da Luz. São cerca de três quilómetros. Tendo em conta que os fiz na companhia três claques ditas “organizadas”, foram aquilo que se pode chamar de um “belo passeio de sábado à tarde”. Não aconteceu nada de especial, a não ser uns arrufos (habituais nestas coisas) entre adeptos contrários pelo caminho e à chegada. Ainda assim, esses 3km e o espectáculo do futebol passavam bem sem esse outro espectáculo que é o do ódio inexplicável, aparentemente motivado por um simples jogo com uma bola de couro e 11 jogadores de cada lado.

Ora, no sábado, Benfica e Sporting encontraram-se pela enésima vez, o que quer dizer que não houve qualquer distância entre eles… Mentira! Houve. Pelo menos em golos, houve. Mas não só.

No Sporting, acima de tudo, pereceu haver uma distância considerável entre o «peito aberto» proclamado por Paulo Bento na antevisão ao jogo para motivar a equipa e o que, de facto, se passou em campo. Os leões não foram uma má equipa mas, a espaços, como que se encolheram o suficiente para que o Benfica chegasse sempre com mais perigo à baliza de Rui Patrício do que os seus avançados chegavam à de Quim.

O que se viu foi que o discurso motivacional de Paulo Bento acabou por não resultar… no sentido que queria. Mas resultou noutro. Motivou… os jogadores adversários.

Nisto, Quique Flores foi exemplar. Falou depois de Bento e teve a hipótese de ripostar. À questão de o treinador do Sporting nunca ter perdido na Luz (que o levava a rumar ao dérbi de «peito aberto»), o técnico encarnado respondeu dizendo que preferia o caminho da humildade e que as estatísticas existiam para serem contrariadas. No final do jogo, o discurso dos jogadores do Benfica passava todo por aí, dando conta da primeira derrota do treinador verde e branco na Luz e do romper com aquela estatística em particular.

Contas feitas, a distância pontual entre Sporting (até ali vitorioso) e Benfica (que ainda não tinha convencido) diminuiu de quatro para um ponto. O Porto também aproveitou para se aproximar e, quando o dragão for a Alvalade, ver-se-á se a primeira derrota dos leões no campeonato não degenera também na segunda.

No final do jogo de sábado, questionado sobre isso, Paulo Bento disse que ainda havia uma distância de oito dias até esse clássico. Mas essa distância também diminuiu. Faltam agora dois dias.



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* Crónica publicada simultaneamente, a 3 de Outubro de 2008, no jornal


Remate de Marco António @ 22:42
Boladas sobre Crónicas
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14/09/08

Bola(s) em Campo (de regresso de férias)


Remate de Marco António @ 23:22
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10/09/08

Godt Spillet af Fodbold*

* Grande Jogo de Futebol





Era assim, em bom Português, que queria ter titulado este post. Mas desconfio que a frase deve ter sido bem mais dita pelos adeptos escandinavos que, ao fim dos noventa e poucos minutos de jogo entre Portugal e Dinamarca de certeza não contavam fazer a festa... mas fizeram.




foto: www.uefa.com

P.S.: Antes do jogo, o seleccionador dinamarquês disse que Portugal tem uma excelente equipa e que no Euro 2008 só tinha perdido com a Alemanha por culpa própria. Curiosamente, pode dizer exactamente o mesmo acerca deste jogo também. Já Carlos Queiroz, no flash interview da TVI, disse que estes 3 pontos perdidos têm de ser recuperados precisamente na Dinamarca. Só podia ter dito isso, de facto; já que, neste tipo de competições, resultados negativos em casa - mesmo que logo no início da qualificação - fazem uma diferença abismal nas contas finais dos grupos. E, diga-se de passagem, passamos todos bem sem a calculadora, se for possível.
Remate de Marco António @ 23:25
Boladas sobre Selecção
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09/09/08

Riade,... nunca mais!
(...infelizmente...)


Lembro-me que no dia 3 de Março de 1989, a meio da tarde, comecei a ouvir um relato de futebol... na Sala 12... tanto quanto possível sem que a minha professora de História se apercebesse. Tinha 13 anos. Com frequência fazia muita coisa que não devia durante as aulas (de História e das outras disciplinas). Ainda assim, nunca me tinha dado para ouvir rádio na sala de aula mas disseram-me que o jogo valia um título mundial...! Mesmo não conhecendo ninguém que fizesse parte daquela selecção portuguesa, decidi correr o risco, até ao próximo intervalo. Minutos depois do apito inicial, olhei em volta e percebi que afinal não era o único - havia mais gente de auscultadores discretamente enfiados nos ouvidos, a seguir as incidências da partida. Nesse dia, Portugal derrotou a Nigéria por 2-0, numa cidade distante chamada Riade, na Arábia Saudita, com golos de um Abel (que veio depois a ser também Silva - mas nunca foi uma grande referência) e de um Jorge Couto (que jogou no FCPorto e no Boavista). Lembro-me que lá na Secundária a malta festejou efusivamente, mesmo não sabendo bem que título era aquele - aos 13 anos, naquela altura, numa pequena vila do distrito de Coimbra, nem eu nem os meus colegas conhecíamos Abéis, Coutos, Bizarros, Pintos, ToZés... nem sequer Carlos Queiroz. Portugal tinha ganho pela primeira vez um título mundial de futebol e isso, só por si, era razão para o regozijo.

No entanto, a partir desse dia 3 de Março de 89, tudo mudou.

Dos jogadores utilizados nessa final (Bizarro, Abel, Morgado, Jorge Couto, ToZé, Hélio, Paulo Madeira, Filipe, João Pinto, Valido, Amaral, Paulo Alves e Folha) poucos chegaram a ser verdadeiras estrelas como alguns que vieram a surgir depois disso (alguns desses atletas também Campeões do Mundo Sub-20 em Lisboa, em 1991). Mas o facto é que desde 3/3/1989 Portugal se tornou ("oficialmente") num "viveiro" de grandes talentos. Figo, Rui Costa e Baía foram exemplos de como a Europa se rendeu (de bolsas de cordões abertos) ao potencial lusitano; mais recentemente, Cristiano Ronaldo, Nani, Simão, Quaresma, Maniche, Danny (e tantos outros) são o exemplo de que essa rendição continua. Mas agora é tudo diferente.

Em 89 ninguém sabia quem eram os "Heróis de Riade". Em 2008, toda a gente sabe quem são os... bom... "heróis das tranferências milionárias", muito embora nos seus currículos não figure qualquer título mundial (título europeu, talvez... mas mundial... não). É por isso que eu não entendo a prestação da selecção Sub-21 no apuramento (falhado) para o Europeu da Suécia em 2009. Falhar pode acontecer, eu sei, mas (não) jogar como se viu... sendo estes jogadores as referências que (já) são a nível europeu... é inadmissível.

Tenho pena que o "anonimato" de 89 nunca mais se repita. Penso nisso sempre que vou à FPF e vejo o Diploma de 1º Classificado do Campeonato do Mundo de Riade exposto na vitrine interior da sede federativa. Nessa altura, ser-se desconhecido foi um elemento motivador, acredito, para qualquer um dos eleitos de Queiroz ao Mundial da Arábia Saudita.

Hoje em dia, a "motivação" parece ser a ascenção rápida (meteórica, se possível) à selecção AA ou a um grande clube europeu, sendo que as fases de apuramento e fases finais de Europeus de Esperanças só parecem atrapalhar quem ambiciona ardentemente essa ascenção (essa, sim, parece ser realmente importante e não o resto). Portugal falha a ida ao Euro de Sub-21, após quatro presenças consecutivas no torneio. Em 2004, Portugal ficou em 3º lugar mas em 2002 e nas duas últimas edições (2006 e 2007), a equipa falhou a passagem da fase de grupos para a segunda fase. No ano passado, na Holanda, falhou-se também, em simultâneo, o apuramento para os Jogos Olímpicos e em 2006 a participação no Euro (com a agravante de ser organizado por Portugal) foi desastrosa. O mesmo aconteceu nos Jogos Olímpicos dois anos antes, em Atenas, mesmo estando a selecção cheia de "craques" (Moreira, Fernando Meira, Jorge Ribeiro, Bruno Alves, Carlos Martins, Raúl Meireles, Bosingwa, Tiago, Hugo Viana, Hélder Postiga, Luis Boa Morte, Cristiano Ronaldo, Danny, entre outros). Dá que pensar, não dá?

Desta vez, então, o verão (de 2009) fica livre para alguns dos jogadores que até hoje constituiam a Selecção Portuguesa de Sub-21 agora se concentrarem unicamente no seu futuro e não com o facto de estar numa grande competição em Junho (quando mercado começa a fervilhar). E, até lá, Carlos Queiroz pode sempre fazê-los ascender, de facto, a selecção AA. Por essa altura, no entanto, nenhum deles será "anónimo", como os Abéis, Coutos, Bizarros, Amarais, Pintos e ToZés de 89. Vinte anos passaram e a fama conseguida através do pioneirismo destes "Heróis de Riade", que têm um diploma da FIFA em casa, acabou por só beneficiar os outros que vieram a seguir, que todos os miúdos de 13 anos já conhecem (e também admiram, copiam e sonham ser) e que fazem vibrar (ou assim julgam eles) o mercado europeu todos os defesos, mas a quem a FIFA nunca teve motivos para "diplomar".
Remate de Marco António @ 22:05
Boladas sobre Selecção, Sub21
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06/09/08

(Ainda) de Bola Parada (Férias)


Remate de Marco António @ 23:48
Boladas sobre Férias
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Podemos viver sem um "Clássico"?*

Por favor, não responda já. Pode ser que concorde ou discorde da minha opinião. Ainda assim, pode responder de imediato, se quiser, claro.

Eu penso que não. Não podemos viver sem aquilo a que normalmente se chama de “Clássicos”.

Esta semana tivemos o primeiro… da Liga. Já tínhamos tido um na SuperTaça… e ainda outro na pré-época (no Torneio do Guadiana). Já estamos de barriga cheia quanto a “Clássicos”?... Não. Só à conta de Porto, Sporting e Benfica teremos mais dois na 1ª volta do campeonato, mais três na 2ª e mais um número indeterminado deles (pode ir de zero até… não faço ideia) se os grandes se encontrarem na Taça de Portugal e na Taça da Liga. Isto, caso não se encontrem também – que raio… mais vale pensar logo em grande! – nas competições europeias.

Aí, já teremos a barriguinha cheia?... Não!

A “fome” de emoção na bola é tal (na nossa muitas vezes pobre realidade futebolística) que a definição de “Clássico” é cada vez mais alargada e, por isso, atribuída a mais jogos, mesmo que não tenham, à partida, “estatuto” de “Clássico”.

Esta semana, logo após o Benfica – Porto, ouvi que na segunda-feira Braga e Sporting jogavam mais um “Clássico”. É certo que arsenalistas e leões já andam pela primeira desde “sempre”, mas será que isso confere ao jogo o tal epíteto?

Isto acontece também (mais, ultimamente) com jogos em que intervenham clubes como Vitória de Setúbal, Belenenses, Vitória de Guimarães, Boavista (mesmo estando na segunda, pode jogar “Clássicos” na Taça), Académica,… ou até Barreirense ou Atlético. Por exemplo, chamar “Clássico” a um Guimarães – Setúbal (sem desprimor para qualquer um dos clubes), como ouvi na antevisão à partida inaugural da Liga, perece-me forçado e denota que se tenta mascarar a recorrente pobreza dos espectáculos com “rótulos” que induzam expectativa no público.

E quando “Clássico” não serve, há-de servir “Derby” (Paços de Ferreira – Trofense, “derby do Douro Litoral”… Enfim…), “Tira-Teimas” (na 2ª volta, o FCP – SLB vai acumular “Clássico” com “Tira-Teimas”, devido ao empate de há dias), ou outra qualquer expressão que faça com que o adepto já vá para o estádio com os nervos em franja. Depois não admira que haja diabos de barba a entrarem em campo para bater nos árbitros. Quando era miúdo, lembro-me disso no “derby” lá da minha zona, o Sourense – Norte e Soure (que, na altura, também era um “clássico” das Distritais). Era cá uma pilha de nervos!… e os bandeirinhas bem o sabiam.




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* Crónica publicada simultaneamente, a 5 de Setembro de 2008, no jornal


Remate de Marco António @ 23:29
Boladas sobre Crónicas
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28/08/08

De Bola Parada (ou seja, de Férias)




Remate de Marco António @ 16:01
Boladas sobre Férias
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25/08/08

Jornada 1 = Jornada 1 (tal como no ano passado...)


Tal como no ano passado, o Benfica começou com um empate a uma bola no Norte do país, com um recém-promovido à Liga. Há um ano foi com o leixões, desta vez, com o Rio Ave. Os encarnados perderam pontos logo à 1ª jornada e provaram o que Quique Flores já tinha avisado: ainda há muito trabalho a fazer.

Tal como no ano passado, logo na ronda inaugural do campeonato, o Benfica perdeu pontos... mas os outros grandes não. O Porto começou a defesa do título, no ataque ao tetra-campeonato, com uma vitória por 2-0 frente ao Belenenses, no Dragão. Tal como no ano passado, depois da derrota na Supertaça com o Sporting, os azuis e brancos marcaram dois golos e somaram os primeiros três pontos na tabela.

Para não variar, a constante entre o início da última e da nova temporada passa também pelo Sporting que, tal como no ano passado, entrou de rompante na Liga e teve a vitória mais volumosa dos três grandes. A destacar do jogo de Alvalade, o erro de arbitragem mais evidente na jornada 1, que deu um penálti ao estreante Trofense, quando devia ter dado apenas um livre. Paulo Bento tinha falado nas arbitragens na semana que precedeu a partida. Depois do apito final, disse que estava certo «ao alertar para o que aí vinha».

Mas nem só aos três grandes aconteceu precisamente o mesmo que na 1ª jornada, há um ano atrás. A semelhança com 2007/2008 chega a ser tal que até Vitória de Guimarães e Vitória de Setúbal voltaram a encontar-se no Dom Afonso Henriques... tal como no ano passado, por esta altura. E o resultado, esse, foi exactamente o mesmo: um empate a uma bola.
Remate de Marco António @ 14:56
Boladas sobre Benfica, FC Porto, Primeira Liga, Sporting
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22/08/08

(Um) Valor de Ouro


Hoje estive à conversa com Élida Évora, mãe de Nélson Évora. Para além de que ter essa oportunidade é um verdadeiro privilégio, só tenho a dizer que fico extremamente feliz por perceber que a humildade ainda é um daqueles valores que passa de pais para filhos e que isso, nos momentos certos, faz toda a diferença. Parabéns e obrigado a si, Élida. Parabéns, obrigado e as melhoras para o seu marido. Foi um prazer "invadir" a sua casa.

foto: Diário de Notícias Online
Remate de Marco António @ 23:26
Boladas sobre Jogos Olímpicos, Nélson Évora
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21/08/08

Évora e o Templo de Nélson




Da minha parte, obrigado. Simplesmente por provares, por "a+b+17,67", que na Missão Portuguesa a Pequim 2008 havia mesmo uma... missão.


Remate de Marco António @ 22:47
Boladas sobre Jogos Olímpicos, Nélson Évora
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19/08/08

O Balneário "F" (e uma solução para o problema)


Antes de escrever as linhas que se seguem, tive o cuidado de ir ler o que tenho escrito acerca dos atletas olímpicos portugueses, sobre o que achava deles antes do início da competição e já durante a mesma. Creio que o meu discurso pode parecer incoerente mas acredito que, na verdade, não é. Continuo a pensar que há grandes atletas em Portugal e que alguns deles foram a Pequim, muito embora a coisa não esteja a correr mesmo nada bem a uma larga maioria dos elementos da comitiva nacional. Também continuo a achar que a opinião pública embarca facilmente na passagem de "bestiais" a "bestas" dos atletas que, de 4 em 4 anos, aparecem à vista de todos, quando nos restantes anos que permeiam os Jogos Olímpicos (JO) nunca são sequer falados por ninguém. No entanto, as coisas estão, neste momento, num plano de mau ambiente difícil (impossível) de ignorar.

Logo nos primeiros dias, com os resultados do Judo (que ficaram áquem do que se esperava), as fricções entre colegas de comitiva começaram a ser visíveis (e também audíveis e legíveis, através da Comunicação Social*). A menção de Telma Monteiro às arbitragens, a crítica Pedro Dias à diferença de estatuto entre Telma Monteiro e todos os restantes judocas foi o início de algo que só se vem avolumando a partir daí. Agora, já todos os atletas comentam as palavras uns dos outros, defendendo-se a si próprios, criticando os outros, apontando o dedo a quem vai "passear" aos JO ou criticando quem diz que há quem vá "passear" aos JO, dizendo que Portugal está a gastar dinheiro com eles ou dizendo que Portugal devia gastar mais dinheiro com eles, que de manhã é melhor a «caminha» ou que se «não for a sério... não vale a pena». Pelo meio, há um dirigente do COP (que até é o presidente da entidade) a criticar toda a gente; literalmente, toda a gente: desde quem fala na caminha, como quem acaba de ganhar uma medalha e refere que nem toda a gente "dá o litro" nos JO, não deixando também de criticar a Comunicação Social, a quem falou - e que reproduziu fielmente o som das declarações - mas veio desmentir no dia seguinte. Ah... esse dirigente também diz, a meio dos JO, que se vai embora daqui a uns tempos. Faz lembrar Scolari no Euro2008. E olha como isso deu "bons" resultados...


No calão do Jornalismo Desportivo, costumamos dizer que, quando toda a gente aponta o dedo a toda a gente, o "balneário está todo f...". E este está, de facto, todo...


Curiosamente, o que se está a verificar em Pequim com a Missão Olímpica Portuguesa é só um triste espectáculo em que se percebe claramente que há todo um país a duas velocidades (ou somos os maiores ou sempre os mesmos desgraçadinhos) e em que continua a imperar a filosofia do "Em casa que não há pão...". O chato é que se está a discutir o problema da forma mais errada, digo eu.


Na minha opinião, o estado actual do nosso Desporto (e da nossa equipa olímpica) é a fiel imagem da nulidade de ideias que existe há anos na abordagem ao exercício físico no nosso país. O Desporto Escolar (DE) é, que eu saiba, um corpo estranho a todo universo escolar nacional, por exemplo. No meu tempo, o DE era só uma brincadeira, extremamente mal organizada e inconsequente; ia-se sem espírito competitivo, sem condições e sem esforço de ninguém para que dali saísse algo de bom, a não ser o facto de se passar um dia, de vez em quando, longe da escola de origem e passá-lo noutra; nada mais. Antes disso, na Escola Primária, o nosso "desporto" era o berlinde e a futebolada ocasional nos intervalos. Actualmente, já há Educação Física no 1º Ciclo ("Expressão e Educação Físico-Motora") mas continuo a ver a criançada mais dedicada aos comandos das consolas. Obviamente, se uma criança não for devidamente motivada a exercitar-se e a gostar de praticar desportos enquanto é possível "torcer o pepino", não será certamente depois da adolescência (já com muitas - demasiadas - horas de PlayStation contabilizadas, em detrimento do exercício físico), que a rapaziada vai sair de casa (e de frente da TV) para correr, nadar, juntar-se a uma equipa de Voleibol, Basquete ou, sei lá, de Natação Sincronizada. Tudo porque essas actividades nunca sequer lhes são dadas a conhecer devidamente. A regra em Portugal é que os miúdos praticam os desportos que os pais estão dispostos a "subsidiar", sendo que os pais normalmente vêem o esforço de ir levar a miupeõesdagem aos treinos como uma maçada ou só como mais um modo de não terem de ser "pais" por mais umas horitas**.Além disso, os horários escolares em Portugal, não permitem tempo para este tipo de actividades e, muitas vezes, os treinos desportivos extra-curriculares de crianças e jovens acontecem em horário pós-laboral (quando joguei futebol, em miúdo, os treinos eram às sete da tarde ou oito da noite - hoje em dia, isso não é muito diferente... e já se passaram 25 anos!).

Portugal não pode continuar a desesperar por medalhas e a exigí-las da forma que exige aos atletas olímpicos. A verdade é que não pode haver qualidade se não houver, primeiro, quantidade. Por vezes, há qualidade (temos, repito, grandes atletas, que eu admiro muito e acho que devem ser acarinhados e motivados), mas isso é mais uma questão de sorte em haver alguém com talento e características físicas favoráveis do que propriamente capacidade do país na formação de campeões. É essa capacidade que Portugal precisa desenvolver rapidamente. Se o fizer, os resultados deverão surgir (se tudo der realmente certo) lá pelos JO de 2024, nunca antes (e, até lá, era bom que os portugueses em geral tivessem a noção de que saber esperar é uma virtude). Se não o fizer, corre o risco de o que se está a passar em Pequim se repita em Londres daqui a 4 anos, e também daqui a 8, 12, 16, 20... ou até que Portugal deixe definitivamente de ter uma Missão Olímpica, pura e simplesmente.

Pensar nisto (a sério) não custa nada. Se ninguém pensar é que o custo será tremendamente mais elevado.


= = = = = = = = = = = = =

* Aproveito para recordar que todas as declarações feitas pelos olímpicos portugueses em Pequim aos jornalistas (que já vi serem acusados de "fabricarem" uma suposta polémica acerca deste assunto), foram prestadas livremente, por cada um, que deve ser responsável pela sua própria opinião.

** No "capítulo" dos papás que levam os filhos aos treinos ainda há outra realidade preocupante: a dos pais que colocam os filhos em escolas e clubes de futebol unicamente para que estes se tornem "Cristianos Ronaldos" (e que são bem duros e exigentes com eles, com os treinadores que não os colocam de início, com o outro miúdo colega de equipa que até passou uma rasteira ao filho... ah... e com o resto do mundo também) com o objectivo final de que uma eventual transferência para o Real Madrid lhes venha a possibilitar ter uma velhice de $onho. Mas isso são contas de outro rosário, para outro post, quando me der para falar nisto de novo.
Remate de Marco António @ 23:57
Boladas sobre Jogos Olímpicos, Polémicas
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E finalmente aconteceu "Vanessa"


Estive acordado das 3h às 5h, para ver a prova de Vanessa Fernandes no Triatlo olímpico. Uma prova difícil, batalhada, que podia até ter sido de ouro para Portugal mas em que a australiana Snowsil (a maior rival de Vanessa) esteve verdadeiramente num grande dia. Podia dizer que Vanessa não ficou em primeiro, é certo; mas, vendo o que lhe vi e ouvindo o que lhe ouvi, estou certo de que Portugal não ficou, de todo, em segundo lugar. E estava genuinamente feliz pela medalha de prata, em vez de triste por não ter chegado ao ouro. A mim, encheu-me as medidas.

Foto: AP (in www.yahoo.com)
Remate de Marco António @ 16:38
Boladas sobre Jogos Olímpicos, Vanessa Fernandes
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17/08/08

Supertaça: FCPorto 0 - 2 Sporting


Hoje não vou dizer novidade nenhuma. Decidi ser uma espécie de "Maria-Vai-Com-As-Outras" e opto por escrever algo que já vi escrito dezenas de vezes desde o apito final de ontem à noite. O Sporting partiu em teórica desvantagem para esta final da Supertaça que acabou por ganhar, frente a um FC Porto favorito, por ser o campeão em título e a pré-época azul e branca ter corrido de feição à equipa de Jesualdo Ferreira. No entanto, no Estádio Algarve foi sempre evidente que os leões estavam melhores que os dragões, sendo que os dragões pouco se ajudaram ao cometer erros que pouco lhes são habituais. Aproveitou o Sporting, acima de tudo pelo pé de Yannick. Com Rochemback, Moutinho, Derlei e Izmailov em bom plano e Patrício a acabar o jogo bem melhor do que o começou, Djaló acabou por ser o "Ás de Trunfo" num jogo de cartas em que Paulo Bento teve, desde início, uma melhor mão (e também melhores opções no resto do baralho) do que Jesualdo. O Sporting venceu a quarta final em cinco possíveis pela mão de Bento (o "Papa-Taças" - alcunha que até lhe agrada) mas resta saber se a lacuna da irregularidade no todo da época está a caminho de ser resolvida, para que os leões voltem a ter ambições ao título de campeão nacional.

Foto: www.sporting.pt
Remate de Marco António @ 19:27
Boladas sobre FC Porto, Sporting, Supertaça
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15/08/08

E se contratássemos o Phelps...?*

* o meu singelo contributo olímpico

Como jornalista desportivo, tenho, obviamente, seguido os Jogos Olímpicos de Pequim. Como português, tenho, obviamente, seguido os Jogos Olímpicos de Pequim com alguma preocupação.

Com uma semana de provas, ainda não há medalhas conquistadas para o pecúlio nacional, o que está a deixar o país meio com os nervos em franja. No fundo, parece-me que Portugal desespera por que alguma coisa de bom lhe aconteça muito em breve.

No entanto, e pegando por aí no assunto, com a situação econónima e social que o país atravessa, está cada vez mais claro que neste momento pouca coisa nos poderia alegrar tanto quanto um bom êxitozinho desportivo; só para nos esquecermos da crise que paira sobre as nossas cabeças. Mas falhámos no Euro2004, falhámos no Mundial2006, falhámos no Euro2008 e, vendo que no futebol não nos safamos, virámo-nos todos para os atletas olímpicos, a quem nunca damos grande cavaco, mas a quem agora exigimos que façam sozinhos o que 23 caramelos extremamente bem pagos insistem em não conseguir. Acho inteiramente justo que se exija "mundos e fundos" a esses tipos cuja função é, claramente, carregar Portugal às costas e ganhar medalhinhas para que nos sintamos todos muito melhores do que aquilo que somos e isso sirva de argumento para nos candidatarmos a organizar mais dois Campeonatos da Europa... de futebol, um Campeonato do Mundo (idem), umas quantas cimeiras internacionais, uma exposição universal e, já agora, contunarmos a cosntruir a mais alta árvore de natal da Europa (cada vez mais alta, claro) e a bater recordes do Guiness de tudo e mais alguma coisa, principalmente se forem de cenas de comida.

Mas com o ritmo que a coisa leva, desconfio que haverá fortes possibilidades do país continuar a chorar aí pelos cantos, sem razões para sorrir.

Agora, assim de repente, que o atletismo olímpico já começou, podemos pensar que a nossa salvação possa passar por Obikwelu, Nelson Évora e Naide Gomes. Curiosamente, três "filhos de outras nações" que Portugal adoptou (ou que adoptaram Portugal). No fundo, foram boas "contratações" nossas, que podem render medalhinhas (e falsa sensação de grandeza) ao país.

Um país que, mesmo (aparentemente) sem grande guito para gastar, conseguiu contratar um treinador que tinha acabado de se sagrar Campeão do Mundo de futebol (e que por nós não ganhou nada), também podia "atalhar" e assegurar desta forma a conquista de medalhas, se isso faz feliz tanta gente. Contratávamos o Michael Phelps e o assunto resolvia-se. Claro que isso exigiria um esforço financeiro considerável mas... que raio... na "hora h" dinheiro nunca é problema, vá lá saber-se como...

Se o investimento se justificaria? Julgo que sim. Se Phelps (só ele) fosse um país, já teria ganho mais medalhas (6) nestes Jogos Olímpicos do que Turquia, Brasil, Argentina, Dinamarca, Espanha, Suíça, Suécia... e estaria muito perto da Grã-Bretanha, mesmo que já leve 3 medalhas de ouro de vantagem sobre os súbditos da Isabel II.

Talvez não fosse mau pensar em escrevinhar um contratozito e apresentá-lo ao nadador (para já ainda) americano. Em Londres 2012 já não pensaríamos tanto na crise.
Remate de Marco António @ 13:56
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11/08/08

Confesso que estou preocupado...


... com o que se está a passar em Pequim. Sério. Mais do que me incomodar o facto de ainda não termos ganho nada e que os nossos atletas estejam (exagerando na imagem) a "cair que nem tordos" aos pés dos outros, incomoda-me sobremaneira o que tenho lido nos jornais, ouvido nas rádios e visto nas televisões.

Ao passar os olhos por um jornal desportivo de hoje, leio palavras como «tristeza», «morrer», «de rastos», «paguei a factura», «perdeu sem espírito olímpico», «afastado», «eliminado»... e isto só nos títulos relacionados com os portugueses. Ontem, numa televisão, ouvi Venceslau Fernandes (pai de Vanessa) a admitir que o pé esquerdo com que os nossos atletas começaram os Jogos está a afectar a confiança da filha e, voltando aos jornais, reparo que Sérgio Paulinho abdicou da prova de Ciclismo de estrada (de um dia) devido a um problema de saúde mas, dois ou três dias depois da "desistência", arrancou pela sua equipa para uma prova por etapas de preparação para a Volta a Espanha (de três semanas). Pronto... lá se foi a defesa de uma medalha de prata conquistada em Atenas.

Ainda no mesmo jornal (tal é profusa a dose de informação relacionada com os JO), leio com pena que Telma Monteiro se terá queixado da arbitragem (juro que acredito que não terá sido intenção da fantástica judoca desculpar-se com isso, mas não deixo de ter pena que seja mencionado na mesma, após a derrota) e que Pedro Dias, outro judoca afastado pela luta por medalhas "denunciou" uma alegada diferença de condições dadas a Telma em relação às dadas aos outros judocas nacionais. Algo como «contar os trocos para pagar as contas ao fim do mês é complicado» foi dito... e isso é ainda mais lamentável.

Em todos os JO há pelo menos um caso destes, de atletas que aproveitam (não quero opinar se bem ou mal) o facto de os jornalistas portugueses quererem saber como correu a sua prova para se queixarem da falta de condições, apesar de só o fazerem após as próprias derrotas. Em tempos falou-se de sapatos de corrida remendados ou de correr descalço, por exemplo.

Conheço e compreendo as dificuldades de quem treina todos os dias por um objectivo (eu próprio fui atleta de competição). Mas não será tempo de o Comité Olímpico Português acautelar essas situações (financeiramente ou com precisas instruções acerca do contacto com os media) antes que venham a terreiro... sempre no rescaldo dos desaires? É que Portugal não gosta de ouvir isso (e eu penso que tem razões para não gostar).
Remate de Marco António @ 09:53
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08/08/08

Peço desculpa mas… Nada de Pré’s *


Sei perfeitamente que, pelos critérios de relevância jornalística, esta crónica deveria versar sobre a pré-época dos clubes de futebol. Não versa. O “Discurso Directo” não gostará certamente que eu diga isto mas se o leitor esperava que o texto versasse sobre a pré-temporada, talvez o melhor seja deixar de o ler agora. Há outras coisas boas para ler neste jornal.

Nunca gostei das pré-temporadas. Nem dos defesos, nem das mil e uma pseudo-contratações de que se fala sempre (e que depois só dão em meia dúzia delas, na verdade)… Enfim… com o mau futebol que se pratica em Julho e Agosto a “ajudar à festa”, acho mesmo que há coisas mais importantes sobre que falar nesta altura.

Os Jogos Olímpicos começam hoje. No meio das polémicas inerentes a uma escolha extremamente dúbia feita pelo Comité Olímpico Internacional na atribuição da organização do evento à China – “exemplo” de liberdade e respeito pelos Direitos Humanos (deve ter sido pela “familiaridade” da designação “Comité”) –, penso haver algo muito mais relevante a destacar.

Lá, vai competir uma larga comitiva de atletas portugueses (80) que pouca gente conhece em Portugal, que não ganham balúrdios e que são grandes desportistas… sempre, mesmo quando injustamente são apontados como fracos, ao não conseguirem medalhas. Chegar a um pódio de apenas três lugares, sozinho, é uma verdadeira proeza. Questiono-me sempre por que raio praticamente só se idolatra jogadores de futebol (que nem semopre jogam bem e sozinhos nunca serão ninguém) e os atletas olímpicos só lhes chegam aos “calcanhares” quando ganham o ouro (e isso nem sempre é garantido).

Arrisco ainda a “roer” mais esta “corda” e a destacar outros excelentes atletas que vão competir em Pequim. Depois dos Olímpicos, entra em acção a Missão Portuguesa aos Jogos Paralímpicos. São 33 super-atletas que superam as duríssimas adversidades que a vida lhes criou e ainda ganham medalhas para Portugal, com um sorriso no rosto, mesmo que esses (garantidamente) ninguém os reconheça na rua por cá. Sabia que nas últimas seis edições dos Jogos Paralímpicos foram conquistadas 81 medalhas para Portugal, 25 delas de ouro?

Perante isto, por que razão deveria a crónica versar sobre a pré-época da bola… se não se passa nada de realmente importante?

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* Crónica publicada simultaneamente, a 8 de Agosto de 2008, no jornal


Remate de Marco António @ 00:01
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07/08/08

Pequeno Privilégio de Jornalista


Estádio da Luz, visto da relva.


Enquanto esperava, ao início da tarde de hoje, entre duas entrevistas feitas a jogadores do Benfica, tive a chance de assinalar o momento e colocar aqui uma imagem que ilustra um dos meus maiores prazeres relacionados com o futebol: o cheiro da relva. No caso, poder sentir o cheiro da relva e tirar um foto como esta torna-se não só num prazer como num acto muito cool. Afinal, nem toda a gente tem o privilégio de o fazer em pleno tapete verde do Estádio da Luz. Ser jornalista desportivo tem, de facto, alguns pontos positivos.

Remate de Marco António @ 23:36
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03/08/08

Pré-época


Não gosto das pré-épocas. Os defesos (com as suas mil contratações e mais as suas mil... e uma pseudo-contrações-negociações-interesses-propostas-vindas-e-não-vindas) são uma imensa dor de cabeça para jornalistas que não se sintam como peixe na água nessa confusão anual de contra-informação que é o periodo maior de transferências em praticamente todo o mundo (há-os; eu é que não sou um deles). Além disso, os jogos de pré-temporada são, quase sempre, deprimentes. Não há espectacularidade, fio de jogo, coisas importantes a ganhar (não fosse o "derby" fora de horas entre Benfica e Sporting no "Algarve com Portugal a Banhos" e o Torneio do Guadiana valia muito pouquinho)... no fundo, não há nada daquilo que eu gosto verdadeiramente no futebol.

Perceber quem se afigura como principal candidato já chateia mas todos os anos se faz esse exercício de futurologia. Toda a gente diz que o Porto (por ser campeão - nunca vi lógica neste argumento) parte em vantagem (embora tenha zero pontos como todos os outros) e é o principal candidato. Além de ser sempre candidato (como o são Benfica e Sporting também - e isso de s´+o haver três candidatos também já chateia), ser ou não o principal candidato nesta altura pouco importa. Estou certo que ser o principal candidato agora e não ser campeão no fim de nada vale. O mesmo se aplica a Sporting e Benfica, claro.

O chamado "Campeonato de Pré-època" é simplesmente parvo. É sempre divertido (no sentido de... parvo) que haja malta a atribuir pontos por vitórias, empates e derrotas em jogos que podem ter 30 jogadores por equipa a entrar em campo, que podem ser de apenas 45 minutos, com equipas tanto de top europeu como das distritais portuguesas ou estrangeiras (no caso do Sporting, por exemplo, ganhar ao Blackburn e ao Atlético do Cacém vale o mesmo?!?), que podem nunca ser para ganhar mas sim só para experimentar novas tácticas... Enfim. O que nunca vi foi o troféu correspondente a essa competição fascinante, o "Campeonato de Pré-Época". Ah! E há competições europeias disso também?!?... Hmmm... Se calhar, até há. A Intertoto.

No Porto vai tudo de vento em popa... exceptuado a popa do Quaresma. O vai-não-vai para o Inter deixa-o fora de jogo há vários jogos. Cheira-me que já não volta a usar o equipamento do FC Porto... a não ser que lhe pinte as listas brancas de negro.

No Benfica tem sido estranho ver que há vários excelentes jogadores a entrar no plantel mas que de plantel a equipa tem pouco. E, já agora, de equipa tem ainda menos. Mas não há nada que o tempo não resolva... embora isso também se pensasse em relação à "equipa" que Fernando Santos armou no defeso da época passada e o tempo para ele acabou ao fim da 1ª Jornada do campeonato. Quique deve estar a olhar para o relógio.

No Sporting tudo ia bem e calminho até João Moutinho ter, em minha opinião, colocado a "pata na poça" e a partir daí, no Sporting, tudo vai mal e nada calmo. No meio, uma conferência de imprensa de João Motinho significa um rol de perguntas e respostas por vezes desinteressante, já que em nenhuma das respostas dadas pelo jogador há um rasgo de espontaneadade. Tudo é ponderado antes de ser dito. Conhecendo minimamente Paulo Bento, parece-me que passa muito por aí a responsabilidade dada a Moutinho de ser capitão de equipa. No Guadiana, ele "espalhou-se". Para mim, em causa não estão as razões pessoais que invocou para dizer o que disse, foi a forma como o fez. Dizer que está de corpo e alma no Sporting, agora, até pode ser sentido mas não soa a isso; e dizer que não se arrepende não me parece sensato, porque está visto que o capitão não quer ver que isso dividiu o clube, os adeptos e até a própria equipa que é suposto liderar.

Dos outros todos pouco se tem falado, como sempre. A culpa também é minha, eu sei. Prometo que vou ver o que se tem feito e dito nestes últimos tempos e, mesmo que não goste de pré-épocas, vou tentar aqui suprir essa lacuna.
Remate de Marco António @ 19:16
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01/08/08

Imagens que fazem os sportinguistas suspirar...

... de alívio.




(fotos com links para as notícias oficiais)
Remate de Marco António @ 17:00
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31/07/08

Não sei bem o que diga disto... mas gosto!

Notícia do Diário de Coimbra/Diário de Leiria de 30 de Julho de 2008

«Cristiano Ronaldo foi ao dentista a Pombal

O jogador do Manchester United e da selecção portuguesa, Cristiano Ronaldo, foi observado ontem à tarde por um médico de Pombal, especialista em Oclusão de Postura. O número 7 do clube inglês chegou à cidade de Pombal às 16h35 acompanhado pelo empresário Jorge Mendes, numa viatura BMW X5, de vidros escuros, de muletas, de calções e t-shirt de alças, tentando passar despercebido dos olhares das poucas pessoas que na altura passavam na rua. O atleta percorreu alguns metros entre o parque de estacionamento existente naquela zona, apoiado pelas muletas, e entrou na porta de acesso ao prédio, onde funciona a clínica Visualdente, às 14h53 na companhia do empresário e esteve a ser consultado pelo médico pombalense durante mais de duas horas. O jogador não quis tecer qualquer comentário sobre a sua deslocação a Pombal e na mesma postura alinhou o empresário Jorge Mendes, recusando-se a fazer comentários sobre o objectivo da consulta em Pombal. Depois da troca de palavras com o Diário de Leiria – o único jornal presente aquando da chegada à cidade de Pombal – Cristiano Ronaldo dirigiu-se à clínica. Durante o tempo em que esteve na consulta – que segundo o médico nada teve a ver com a lesão a um dos pés que afectou o jogador e que está a recuperar da intervenção cirúrgica – o craque português teve uma longa conversa com Hélder Monteiro sobre oclusão de postura, uma especialidade relacionada com a placa dentária que, caso não esteja correcta, pode provocar problemas noutras partes do corpo. «Ele veio pedir-me uma opinião sobre oclusão de postura e a consulta durou mais de duas horas. (...) Um jovem de 17 anos, jogador de futsal num clube de Pombal, que esteve alguns minutos com o craque do Manchester United no consultório, contou que viveu um dos momentos mais felizes da sua vida. «Esteve a conversar comigo, tocou no meu telemóvel e desejou-me boa sorte no futsal», afirmou o jovem, ainda a recuperar da emoção de ter estado a conversar com o atleta. A presença de Cristiano Ronaldo na clínica Visualdente foi-se difundido num ápice e, cerca das 18h30, mais de meia centenas de pessoas, na sua maioria emigrantes, concentrou-se à porta do prédio, esperando à saída do atleta para um autógrafo. A confusão gerada junto ao local obrigou à intervenção de três agentes da PSP, para que Cristiano Ronaldo saísse em segurança, como acabou por acontecer, por voltas das 20h00.»

Gosto particularmente...

... de que se tenha levantado um alvoroço deste calibre só por causa de um jogador da bola que decide ir a uma cidade quase esquecida para consultar um dentista;

... da descrição da indumentária do rapaz (é sobejamente sabido que calção e t-shist de alça é uma espécie de traje obrigatório para uma ida ao dentista; só não é perfeito - como se viu - para passar despercebido; parece-me motivo para Ronaldo escrever um pequeno lembrete para uma próxima situação semelhante);

... de que Jorge Mendes (himself) tenha ido ao dentista com o jogador, demonstrando uma lealdade impecável para com o seu material... perdão... para com o seu representado;

... do facto do miúdo do futsl ter destacado que Ronaldo TOCOU no seu telemóvel (pergunto-me quanto valerá agora um aparelho de 50€ já velho e todo riscado mas que foi tocado pelo craque);

... de que a notícia faça, mais do que uma vez, menção ao nome da clínica (sim... bem sei que o argumento para esta publicidade "inevitável" é a de que a informação não ficaria completa sem ela... e já agora que o médico se calhar também não daria qualquer declaração se não o fizessem);

... de que a PSP se dê a estes "números", já que a saída de uma clínica dentária e a abordagem de fãs não me parece constituir motivo para protecção policial; a PSP (de Pombal, pelo menos) parece discordar de mim, mas a partir de agora não se admire a PSP que chame um efectivo seu para quando eu esteja para sair do dentista e, por acaso, haja mais de uma dúzia de pessoas que me possam parecer minhas fãs... mesmo que não sejam (ah... e se forem emigrantes, então... chamo a polícia de intervenção!)
Remate de Marco António @ 15:21
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Outra Dúvida


Como passatempo de dia de folga, passei a manhã a ler o parecer de Freitas do Amaral acerca do que se passou na malfadada reunião do Conselho de Justiça de Federação Portuguesa de Futebol. Mais do que a própria opinião jurídica do mandatado pela FPF para elaborar o parecer, chamou-me a atenção um pormenor que, a dada altura, surge no documento, aquando da descrição do momento em que Gonçalves Pereira chamou João Leal (jusrista da FPF) à parte e lhe passou um documento em que dava conta da sua decisão sobre o incidente de pedido de afastamento do conselheiro João Abreu; algo que deveria ser decido por todo o CJ mas como Gonçalves Pereira já tinha "o trabalho de casa" feito (como se pode ler a seguir), não o quis desperdiçar e preferiu decidir sozinho mesmo. Passo a transcrever a passagem:

«Dirigiram-se ambos para uma outra sala e aí o dr. António Gonçalves Pereira pediu que um documento contido numa disquete, que tinha trazido consigo do Porto, fosse impresso em duplicado e em papel timbrado do CJ. O documento em causa intitulava-se “Decisão dos Incidentes de Impedimento e Suspeição do Conselheiro dr. João Carrajota Abreu suscitados por Boavista Futebol Clube SAD e por Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa”.»

No final disto, a minha questão é esta: Ainda há quem use disquetes?!?

PS: E, já agora, a FPF tem computadores tão antiquados que ainda tenham entrada para disquetes?!?
Remate de Marco António @ 13:35
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18/07/08

Dúvida


O major acaba de ser condenado por abuso de poder e, à saída do tribunal, anunciou (com o espectáculo habitual) a recandidatura à presidência da Câmara Municipal. Serei o único a achar que isto só acontece por manifesta pobreza de espírito... de quem anuncia e/ou de quem gosta de ouvir o anúncio e mal pode esperar por voltar a votar no (novamente) candidato?

Remate de Marco António @ 14:06
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A diferença que faz um contrato


Pablo Aimar antes e depois de assinar pelo Benfica.

Parece-me que não lhe fez mal. Nem à carteira (certamente), nem ao aspecto, acima de tudo. Pelo menos, depois de ter tudo acertado, já fez a barba que ostentava há cerca de um mês e com que se apresentou na pré-época do Saragoça.

Remate de Marco António @ 13:45
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14/07/08

TAS aqui... TAS ali...*


* - Pequeno trocadilho que me apeteceu fazer, alusivo à confusão reinante e à espera pela decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, em relação à ida ou não do FC Porto à Liga dos Campeões. Alguém que se decida para onde "vai" esta gente (FC Porto, Vit. Guimarães e Benfica), por favor!...

Obrigado.
Remate de Marco António @ 12:14
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11/07/08

O (Desporto-)Rei vai nu!


Confesso ter sempre alguma dificuldade (e pouco gosto, de resto) em abordar temas relacionados com aquilo a que se chama de "casos" no futebol português. Muito embora nutra algum apreço pessoal por coisas bizarras em geral, no caso particular das bizarrias que se passam ao abrigo do "desporto-rei", a coisa já não me dá grande gozo e acabo sempre por achar tudo muito parvo (peço desculpa pelo calão).

Depois de tudo o que já vimos e ouvimos ao longo dos anos, o que se passou há uma semana na sede da Federação Portuguesa de Futebol [FPF] deu para perceber que dificilmente existem limites para o absurdo a que se pode chegar no futebol nacional. Por um lado – convenhamos – até é estimulante e divertido saber que o bizarro não conhece fronteiras nem restrições. Por um lado – convenhamos – até é estimulante e divertido saber isso. Por outro, é difícil não temer o que significa a possibilidade de, por exemplo, serem tomadas decisões cruciais para o futuro do nosso futebol numa reunião em que os membros de um Conselho de Justiça [CJ] se tratam quase "à batatada" (de novo, peço desculpa…), se insultam e se tentam afastar mutuamente da reunião, não escondendo haver intenção de defender ou prejudicar deliberadamente os interesses dos clubes envolvidos no Apito Final. Dizer que isto é mau… é pouco. Para "ajudar" à festa, os juristas da nossa praça (e a praça deve ser grande – apareceram imensos a falar disto) também têm opiniões diametralmente contraditórias sobre todo o imbróglio que se criou com a lamentável reunião do CJ da FPF.

Feitas as contas, o (atrevo-me a dizer estranho) sorteio da 1ªLiga aconteceu com o Boavista (dado como despromovido pelas instancias desportivas) a surgir entre os "grandes" (com um asterisco por todos indesejado, que aqui significa muito mais que um sinal gráfico), a bandeira do Paços de Ferreira a ser roubada à porta da Alfândega do Porto por um tipo com um braço engessado (que, na hora, não pareceu nada diminuído fisicamente) e com a próxima época a poder começar tão ou mais atribulada quanto a de há dois anos, com o "Caso Mateus"… que ainda nem sequer está resolvido nos tribunais administrativos – o mesmo pode acontecer agora, caso (como se espera) Porto e Boavista recorram das decisões do CJ para a justiça civil, arrastando tudo no tempo. Demonstra-se uma vez mais que o "rei" (que tanta gente idolatra em Portugal) vai nu e sem vergonha da má imagem que isso traz a algo que não deveria ser mais que um simples desporto.

Vá… se calhar, não vai totalmente nu. Deve ir "vestido" com um asterisco ou algo do género.

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* Crónica publicada simultaneamente, a 11 de Julho de 2008, no jornal


Remate de Marco António @ 11:47
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29/06/08

Euro2008:
Ganó La Furia...
... y ganó bien!


Antes do início do jogo e durante os quinze primeiros minutos da final do Euro2008, tinha pensado intitular este texto como "Um Vencedor à Antiga; Um Perdedor Clássico" mas com o decurso do encontro tive de mudar tudo.

Haverá sempre quem diga que esta final - como todas - ficou aquém das expectativas. Não há volta a dar a isso. Se se marcam poucos golos, é um mau jogo porque faltou o "sal e a pimenta" do futebol, se há muitos, é porque as defesas estiveram mal, se há muitas faltas, o jogo foi demasiado viril, se há poucas, eram todos uns "meninos" que não metiam o pé, se ganha quem mais defendeu, o vencedor não honrou a beleza do desporto-rei, se ganha quem mais atacou, a final terá sido um "passeio" do novo campeão sem grande oposição da equipa derrotada... e por aí além. Para mim, foi uma excelente final.

A Alemanha - estava-se mesmo a ver - jogou com as velhas armas alemãs: com frieza e calculismo, com a surpresa de se apresentar de início com a táctica invertida em relação aos jogos anteriores e até com o bluff de Ballack estar lesionado até à última hora (já tinha feito o mesmo com Podolski antes do jogo com Portugal - é uma estratégia já muitas vezes vista nos germânicos, agora recuperada, a fazer recordar bons momentos da história do futebol).

A Espanha viu-se, pela primeira vez nesses tais minutos iniciais do jogo, numa situação de não-controlo da posse de bola. Sofreu mas superou de forma fantástica esta contrariedade certamente inesperada, marcou e depois adaptou-se à resposta alemã, de grande qualidade. Dominou o resto do jogo e colheu os frutos disso.

Ou seja, na minha opinião, as duas equipas estiveram muito bem tacticamente e deram emoção a um jogo que nem sempre é bem jogado. Este - parece-me - foi.

A Espanha ganhou bem (as minhas origens germânicas lamentam um bocadinho esse facto mas o sangue latino, que gosta de espectáculo num jogo de bola, não ficou insatisfeito por aí além).Será um bocado aborrecido ter de "ouvir" os nuestros hermanos a dizer que têm de ser "sempre" eles a ganhar alguma coisa para a Península Ibérica mas, no caso deste Europeu, é merecido ouvi-lo, temos de reconhecer.

Parabéns aos novos Campeões da Europa e obrigado (aos espanhóis e a grande parte das equipas deste torneio) pelo excelente futebol que nos foi dado durante o mês de Junho. A competição foi de elevadíssimo nível desportivo e de baixíssimo nível organizativo. Por muito que um país organizador - e eram dois! - ache que bom, bom é não haver confusão, grande parte da magia do futebol é permitir que haja uma certa "confusão" - leia-se alegria - natural dos adeptos antes, durante e depois dos jogos, onde quer que eles se realizem; nisso o Euro 2004 foi tão espectacular que espero que se esqueça rapidamente que quatro anos depois, o campeonato se realizou na Áustria e, sobretudo, na Suíça.


PS: Ah! Outra nota - mázinha, eu sei - para o forte agradecimento que quero deixar à França por ter sido a segunda pior equipa da competição e à Grécia por ter conseguido fazer ainda pior e ter ficado (ao contrário de no '2004) no lugar que realmente merecia.
Remate de Marco António @ 21:11
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25/06/08

Euro2008:
Depois do (Portugal)
que não foi


Na parte final do texto "Portugal em Trânsito", que escrevi há umas semanas, referi que a jogar bem, de forma competente e madura, podia pensar-se em coisas boas. Depois disso, Portugal jogou (e perdeu) com a Suíça (!) e com a Alemanha, dizendo adeus ao Campeonato da Europa.

Não estou particularmente chateado. Desiludido, talvez, chateado... nem por isso. Ficaria chateado se, como em 2004, não conseguisse perceber como se perdeu. Desta vez, as razões podem parecer mais difusas mas na verdade não são. Ninguém (dos elementos da equipa) fala disso mas já toda a gente percebeu que o tal "trânsito" (no segundo sentido, mais exactamente) de que falei no referido texto acabou por pesar bem mais (em toda a comitiva da selecção nacional) do que o desejo imediato de representar Portugal neste Euro2008.

Não quero levantar polémica com isto. Não tenho pachorra para esses filmes. Bastam-me os (incontáveis) filmes que se fazem todos os anos no defeso entre temporadas. No caso, o problema é que os Europeus e os Mundiais se jogam... no defeso. Se calhar, a Portugal (país / povo) dava jeito que assim não fosse... mas pronto. É.

Portugal acabou por perder, surpreendentemente, com a Suíça por 2-0. Não estranhei a derrota (que, segundo os próprios, até deu muito jeito aos emigrantes portugueses por lá, para não serem maltratados pelos patrões nos tempos seguintes) mas sim a apatia dos que deveriam (já que se dizem "em trânsito") mostrar serviço às hipotéticas futuras entidades patronais. Jogou-se mal, perdeu-se, siga a marinha.

Frente à Alemanha, então, Portugal (já com a "1ª equipa" de novo de início) fez o contrário de «jogar bem, de forma competente e madura». Jogou pouco (contra o muito que fizeram os germânicos), foi incompetente (defensivamente, acima de tudo, fez um jogo fraquinho, fraquinho) e caiu num erro de imaturidade infatil, ao pensar que a Alemanha era só aquilo que tinha mostrado na fase de grupos. Uma Alemanha será sempre uma Alemanha candidata ao título [e acaba de carimbar passaporte para a final de Viena, vencendo à Turquia também por 3-2]; como tal, jogou bem, venceu (bem) a Portugal e Portugal perdeu (bem),... siga a marinha.

Resta-me(nos) esperar que Madaíl (o tal que ainda não se percebeu porque é que se mantém à frente da FPF se já vai dizendo que não cumpre mandato até ao fim - cheira-me que ainda "muda de ideias" outra vez, como sempre fez) lá escolha um seleccionador que, pelo menos até ao meio do Campeonato do Mundo não tente dar um murro num jogador adversário (isso obrigaria o presidente da Federação a ponderar despedir o treinador - mas não o fazer) ou decida anunciar a saída para um emprego mais bem pago. Recordo que nada disto poderá acontecer, exactamente, até meio do Mundial 2010, a partir desse momento, parece-me que já pode acontecer tudo e o facto de que possa suceder algo surpereendente não deverá apanhar ninguém desprevenido. O precedente (depois de outros, como Saltillo no México86 e Macau, antes do Mundial2002) foi aberto agora. Só é apanhado de surpresa quem quiser.
Remate de Marco António @ 21:11
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15/06/08

Euro2008:
Ainda com 16 equipas
(mas por pouco tempo)


Começa hoje a última jornada da 1ª fase do Campeonato da Europa. Portugal, Espanha e, acima de tudo, Holanda destacam-se como favoritos mas a Croácia também já assegurou o primeiro lugar do Grupo B, que há-de amanhã determinar quem fica em segundo e, consequentemente, jogará com Portugal na próxima quarta-feira, nos quartos de final em Basileia. Mas, no outro lado da barricada, também há grandes desilusões.

Grupo A
Portugal venceu – e bem – o grupo, ao derrotar Turquia e República Checa, as duas mais complicadas adversárias desta fase. Jogou bem e aproveitou as fragilidades das duas formações, chegando a este 3º jogo com a possibilidade de poupar os titulares com vista ao próximo encontro, já em modo “bota-fora”. Portugal é visto já como um favorito à vitória. A ver vamos como se dá com esse estatuto. Turquia e Republica Checa têm sido equipas medianas; discutem entre si a passagem aos quartos de final mas, a jogar de forma sofrível, dificilmente alguma delas chegará à meia-final. A Suíça, essa, pagou o preço de ser o país que é, em relação ao futebol: sem interesse.

Grupo B
A Croácia pode ser considerada uma meia-surpresa mas não mais do que isso. Na qualificação tinha eliminado a Inglaterra e, já no Euro, venceu uma Alemanha que até tinha começado bem o torneio, assegurando o 1º lugar do grupo e dificultando as contas dos germânicos que agora jogam com os motivados austríacos (que têm jogado bem melhor do que se esperava) e ainda não têm garantia de passagem à próxima fase, onde a Polónia também pode ter uma palavra a dizer. Quem passar joga com Portugal.

Grupo C
Que Holanda!!! Um espectáculo só! Dois jogos, duas vitórias folgadas… frente ao Campeão e ao Vice-Campeão do Mundo! Por mim, “já está” na final. Sim… falta passar os quartos de final e também a meia-final (que adivinho venha a ser com a forte Espanha) mas uma final Portugal – Holanda agrada-me tanto (dado o históricos dos confrontos) como me atemoriza (tal é o poderio da equipa de Van Basten). Gostava que fosse. França e Itália são uma desilusão tremenda. Daí que a passagem da Roménia (ainda possível, se a Holanda tirar o pé do acelerador) até seria bem interessante.

Grupo D
A Grécia apareceu para jogar este Euro? Alguém viu os gregos por aí? Nããã! Dizem-me agora que são Campeões da Europa mas, se cá estiveram, já devem estar de malas feitas para Atenas. Se estou com pena? Nãããã! O mesmo futebol (nulo) em dois Europeus seguidos só enganaria… se calhar… Scolari. A mais ninguém enganou Rehagel desta vez. Espanha passa bem aos quartos a jogar bem, Villa já leva quatro golos mas ainda estou para ver como será jogar com uma equipa realmente difícil (o mesmo que se aplica a Portugal). A Suécia também pode passar. É que a Rússia ficaria de certeza pelos quartos de final e Ibrahimovic pode sempre tirar um coelho da cartola. Sabe bem ter exemplos de futebol-espectáculo como Zlatan, a bem de uma competição que muitas vezes precisa de um empurrãozinho para ser mesmo boa.

O Euro2008 está a ser competitivamente bom. Em termos de acolhimento, nem tanto. A Suíça é uma paupérrima anfitriã, agarrada às suas rígidas leis e pouca vontade de se divertir. Os austríacos parecem estar a gozar mais isto… mas são tímidos e ainda não conseguiram fazer passar a mensagem de que haverá mais do que apenas a final em Viena. Ainda tenho esperanças… mas poucas… em que isto venha a animar. Mas temo que alguém diga que não é permitido fazer barulho para lá das 11 da noite quando for conhecido o novo Campeão da Europa.
Remate de Marco António @ 12:45
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12/06/08

Portugal em trânsito
(apesar da crise nos combustíveis)*


Portugal vai estar nos quartos de final do Euro2008.

Antes de tudo mais, parece-me bem. Qualquer outra coisa que não a garantia de qualificação era capaz de dar ainda mais cabo do actual estado do país. Assim, o facto de não haver combustíveis até pode ajudar o povo a estar mais próximo da selecção, já que não tarda nem se vai poder sair de casa; e estando-se em casa vê-se a bola, claro. Não vejo melhor pretexto para ficarmos todos pregados aos ecrãs até – espera-se – 29 de Junho, a apoiar a selecção nacional.

Entretanto, já se sabe que Abramovic abriu (de novo) os cordões à bolsa e leva Scolari para o Chelsea. Ronaldo continua a ser bem mais do que simplesmente cobiçado pelo Real Madrid (serei só eu a achar estranhíssimo todo o processo de paixão entre os “merengues” e o jogador português?). Moutinho tem agora mais mercado do que nunca. Postiga assinou pelo Sporting no dia da partida para a Suíça e Quaresma já antes fez saber que deseja estar de malas aviadas para fora do FCPorto (embora 40 milhões sejam sempre difíceis de dar; Abramovic… quem sabe…).**

Apetece-me, por isso, dizer que esta selecção está “em trânsito”. Tanto no Europeu, onde tem jogado bem e convencido (algo pouco habitual, se nos lembrarmos da fase de qualificação, por exemplo), como nos percursos profissionais dos seus atletas (parece que toda a gente só está bem onde não está, parafraseando António Variações). Tudo isto pode ser bom e mau. A montra que o Campeonato da Europa é motiva os jogadores a jogarem mais e melhor mas a cabeça a pensar em contratos nunca ajudou trabalhador algum a labutar de forma eficiente.

Espero que nada disto interfira (demasiado) no caminho iniciado por Portugal no Europeu da Suíça e da Áustria, obviamente. Para já, o destino é o St.Jakob de Basileia e não Stamoford Bridge, Santiago Bernabéu, Alvalade, Nou Camp, Old Trafford ou qualquer outro estádio. Ah! E depois, se possível, será o Ernst Appel, de Viena. A jogar bem, de forma competente e madura, pode pensar-se em coisas boas.

Espero que a “febre” da caneta para pôr coisas “preto no branco” não venha a deitar tudo a perder.


= = = = = = = = = = = = =


* Crónica publicada simultaneamente, a 13 de Junho de 2008, no jornal


** A actualidade obriga-me a dizer que, já depois da realização desta crónica, Deco poderá ter assinado contrato com o Chelsea (Abramovic está definitivamente um mãos largas!... que novidade...). No caso do "20" luso-brasileiro a questão do "trânsito" ainda mais se coloca pois foi o único jogador sa selecção nacional a ser autorizado a chegar mais tarde (no dia seguinte, inclusivamente) à concentração após a folga desta quinta-feira.

Remate de Marco António @ 22:36
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04/06/08

Da Suíça... com amor, vacas e bola - I

Desde que ando por estas bandas, a vontade que me dá é de perguntar a um qualquer suíço se por aqui há um Campeonato da Europa em futebol ou coisa assim. Estou certo de que a resposta seria «Há!?!?», com um ar de espanto descomunal. Seria... Talvez se a pergunta fosse feita hoje, a resposta já não seria bem essa. A selecção portuguesa aterrou a 1 de Junho em Genebra e a Suíça nunca mais foi a mesma.

O país dos chocolates e dos canivetes com 325 funcionalidades é, neste momento, muito menos neutro do que deseja ser... mas não tem qualquer hipótese de impedir o que se está a passar.

Até agora, o... (diria estranho) Estado helvético, tudo tentou para não perder (ainda mais) uma identidade que já de si é fraquinha, só pelo facto de haver três "suíças" totalmente diferentes (o cantão francês, o alemão e ainda o italiano). Até recomendou vivamente (não proíbiu - aliás, nada aqui parece ser proíbido mas sim "não permitido"*, o que é extremamente irritante) que os emigrantes portugueses não colocassem a bandeira nacional à janela sem a bandeira suíça ao lado ou por cima. Extraordinário. Nunca a bandeira deste país foi tão exposta no território... e só o foi porque os emigrantes lusos a isso foram "aconselhados" (não foram obrigados, porque o Estado - que até gosta de fazer referendos por tudo e por nada - não obriga ninguém a fazer nada, claro).

A estratégia é tão bem conseguida quanto parva... mas enfim. Chato é que os portugueses, a partir da chegada da selecção, "esqueceram-se" da recomendação... e há bem mais bandeiras verde e encarnadas por todo o lado do que as da cruz branca em fundo vermelho (e estas colocadas abaixo das portuguesas, obviamente). O Português sempre foi um povo com uma certa tendência para olvidar alguns pormenores de somenos importância, está visto.

Entretanto, e como resposta à mega-loucura de adeptos em torno da equipa portuguesa, a imprensa suíça mostra agora imagens de supostos banhos de multidão em que a selecção do seu país se vê envolvida. As imagens é que são tão aproximadas que a "multidão" que se pode ver é sempre de 10-15 pessoas, não mais. A propaganda vale o que vale num país que até há dias nem se tinha apercebido que havia um Euro aí a "rebentar". Muitos dos suíços nem sabem que por aqui há desportos que não de inverno, mas isso é lá problema deles.

Cheira-me que a Suíça é, na verdade, um país com um complexo de inferiodidade disfarçado com uma imagem de superiodidade. E esta coisa do Euro 2008 não lhes está a dar jeito nenhum. Sabendo que os portugueses aqui são maioritariamente empregados da construção civil, das limpezas e da hotelaria/restauração, aos suíços é muito complicado que quem esfola as mãos para carregar os baldes de cimento, lhes faz comida e lhes arruma a casa (conhecendo, por isso, todos os seus "podres" escondidos por detrás da impecável figura fleumática que envergam na rua) possa ser-lhes superior em alguma coisa. Em 2004 e 2006 houve adeptos portugueses multados por buzinar nas ruas após as vitórias de Portugal (o Estado não permite que se faça barulho a partir de bem cedo aqui...), ao invés de adeptos de outras selecções que o fizeram nos mesmos campeonatos. A conclusão a tirar daí é simples.

Talvez este Euro venha a obrigar os helvéticos perceber que festa é festa, que um pouco de caos não faz mal nenhum à vida (principalmente quando se vive 24 horas por dia a pensar unicamente na ordem pública) e que a Suíça sempre será um país mais poderoso, mais verde, mais rico, com melhor chocolate, melhores bancos, lagos mais bonitos, mais neve, pessoas mais educadas e por aí fora. Esperemos que sim. Porque, se assim não for, o lema "Expect Emotions" do Campeonato da Europa será só uma frase feita e a única emoção que se sentirá até 29 de Junho será só um tédio imenso.

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* - Não é permitido violar qualquer limite de velocidade (nas auto-estradas a velocidade permitida é quase sempre só 100km/h e há radares a cada 5km), não é permitido qualquer comportamente anti-cívico (mas qualquer cidadão pode denunciar outro acerca de qualquer coisa - isso sim, eles consideram civismo), não é permitido abrir centros comerciais ao domingo, ... (a lista vai sendo acrescentada à medida de que me for apercendo do mais é... não permitido pelo Estado aqui na entediante Suíça)
Remate de Marco António @ 00:33
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16/05/08

Scolari:
Sem “RoManiche” e com
meia equipa a crescer*


Há cerca de seis anos, a 7 de Maio de 2002, Luiz Felipe Scolari tornou-se (praticamente “da noite para o dia”) conhecido em todo o Mundo ao deixar um senhor chamado Romário fora da convocatória da selecção brasileira para o Mundial da Coreia e do Japão. A coisa (como se diz no Brasil) ficou “preta” para o “Felipão”. Houve manifestações populares, até o Presidente da República tentou demover o treinador e toda uma nação encarou reticente uma competição que acabou por ganhar. Scolari provou que tinha razão.

Estamos em 2008 e o técnico fez a sua terceira grande convocatória ao serviço da selecção portuguesa. Maniche – um dos esteios das “quinas” no Euro 2004 e no Mundial 2006 – ficou de fora. Não houve nem consta que venha a haver manifestações nas ruas… e Cavaco Silva não parece que venha a meter-se nos assuntos da selecção.

No entanto, mesmo com seis anos de diferença, a ideia que Scolari passa para jogadores e adeptos é precisamente a mesma: ele leva quem quer e não quem eventualmente possa pensar que está “garantido” na equipa ou que seja da preferência do povo. É nestas horas que Scolari (o amigo que defende os sues jogadores até à morte, como ele próprio garante) se torna “Felipão”, o “sargentão” que leva sempre a dele avante, normalmente com resultados para mostrar. O Brasil foi campeão do mundo em 2002, Portugal vice-campeão da Europa em 2004 e 4º no Mundial há dois anos atrás. O resto, poder-se-á dizer, é só “conversa”.

Desta vez, para a Suíça e para a Áustria, Scolari leva mais avançados e menos médios do que seria de esperar. Mais defesas direitos do que esquerdos (curioso é que Jorge Ribeiro, irmão de Maniche, é o único lateral esquerdo de raiz a ser convocado – uma espécie de prenda de consolação para a família). Há onze estreantes em grandes fases finais e diz-se que há juventude a mais e “capitães” a menos para dar voz de comando em campo. Mas uma coisa é certa. Com a “subtileza” que é deixar de fora um dos símbolos de senioridade e capacidade de “combate” da equipa, “Felipão” só está a dizer uma coisa aos 23 eleitos: quem precisar de crescer, que cresça já, porque vai ser precisa gente “grande” para lutar.


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* Crónica publicada simultaneamente, a 16 de Maio de 2008, no jornal


Remate de Marco António @ 00:01
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14/05/08

A Mim Parece-me Ser
"Van Persie (literalmente) na 1ª Pessoa"

Mas pode não ser.


Confesso que não tenho bem a certeza se o "protagonista" do spot é mesmo o Van Persie... mas pronto... o video é muito bom... exceptuando na parte de que a grande glória do caramelo é marcar a Portugal. Cheira-me que o Guy Ritchie (realizador do mini-filme), nascido e criado na Inglaterra, tem ali qualquer recalcamento contra a nossa selecção... vá lá saber-se porquê. Seja como for, fez um spot do camandro. Fica aqui.



N.A.: Na próxima sexta-feira, estreia aqui a crónica "Canto Directo" que surge, em simultâneo, no semanário regional "Discurso Directo". Uma crónica mensal que, na sua primeira edição, versa - claro - sobre a convocatória de Luiz Felipe Scolari para o Euro 2008; razão pela qual ainda aqui não abordei o tema.

Remate de Marco António @ 11:35
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10/05/08

É Tal e Qual Andar de Sapatinho Branco em Dia de Chuva


... ter estádios novinhos em folha nas divisões secundárias.
Remate de Marco António @ 18:00
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À Espera De Quê...?


Já me perguntaram de que é estava à espera para escrever sobre o Apito Dourado e o Apito Final.

A resposta é simples. Estou só à espera de que se jogue à bola. Mais nada.

Remate de Marco António @ 11:14
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07/05/08

(des)Mentir é Feio...



Orá vamos cá ver se eu percebo isto...


São 23:20 e, obviamente, o dia ainda não acabou. Esta manhã o SL Benfica emitiu um comunicado, desmentindo que Rui Costa (o título era mesmo «Desmentido Rui Costa») teria um «alegado gabinete, nas instalações da SAD, que estaria a ser usado para funções diferentes daquelas que na realidade o jogador actualmente desempenha». Não tenho nada a dizer em relação a isto. Não conheço a fundo as intalações da SAD do Benfica, não sei se existirá tal gabinete... por isso, esta parte do desmentido não me diz nada de especial. Mas o texto começava com o seguinte parágrafo: « Rui Costa é jogador do plantel do Sport Lisboa e Benfica, encontrando-se, apenas, concentrado no jogo do próximo domingo frente ao Vitória de Setúbal que marcará a sua despedida enquanto jogador de futebol profissional.» Este comunicado chegou às redacções por volta das 11 da manhã (há 12 horas apenas, portanto). Mas às 20:35, a SIC emitiu estas imagens colhidas... em Manchester, onde surgiam, além do "jogador" Rui Costa, Luis Filipe Vieira e Sven Goran Eriksson.





Tudo bem que Rui Costa já tinha dito que só se envolveria na escolha de um treinador ou de jogadores se fosse para a próxima época. E é o caso. Mas também disse que só assumiria «outras funções» que não as de jogador no final desta temporada. Se já tem gabinete ou não, pouco me importa. Tal como não me importa muito se já "veste o fato" e não só "calça as chuteiras". Só me chateia um bocado que de manhã me seja dito que Rui Costa está «apenas»* concentrado num jogo e à noite se venha a saber que... não. No futebol, o que é verdade hoje, amanhã pode muito bem ser mentira - infelizmente, todos nós já nos acostumámos a isso. Mas isso acontecer tudo hoje, num dia só... não é bonito, é o mínimo que se me oferece dizer.



* - está visto que tenho um problema com o uso desta palavra no comunicado, certo?
Remate de Marco António @ 22:35
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Para Que(m) Se Joga Em Portugal?


A ponta final do campeonato acaba por revelar que toda a época só podia desembocar no cenário que agora temos, a caminho da última jornada da Liga.

Sem surpresas, o Porto foi campeão cedinho (e até já relaxou à espera da final da Taça de Portugal), muito por culpa... não sua mas dos outros, que também cedinho mostraram que se o 1º lugar da competição não era para eles então o 2º também lhes fazia alguma impressão. Excepção feita ao Vitória de Guimarães, que até agora fez bem mais do que aquilo que lhe era exigido (na época passada estava na Liga Vitális, recorde-se), Benfica e Sporting demonstraram muita "cerimónia" em fazer por merecer a vice-liderança. A ver vamos o que acontece este fim-de-semana.

Mas o que mais me preocupa - mesmo a sério - é saber para quê ou para quem se joga no nosso país. O facto de a União de Leiria ter descido de divisão preocupa-me tanto como me alivia, tenho de confessar. Preocupa-me porque vejo mais um "estádio 2004" a afastar-se da 1ª Liga (caros "senhores 2004": finalmente, já se aperceberam que foi tolice ter tanto estádio novo e que se poderia ter feito tudo igualmente bem com seis boas infrastruturas?...). O alívio advém do facto de não ter de assistir a mais jogos e resumos televisisvos com um estádio de "primeira" às moscas. Já lá vai o tempo em que o (antigo) Magalhães Pessoa enchia. Entretanto, a cidade e a região desligaram-se do clube que, agora, tem obrigatoriamente que (re)pensar a sua estratégia. Na Liga Vitális pode encontrar esse espaço de meditação... ou não, caso os olhos venham a ser (de novo) maiores do que a barriga.

Mas a União não é caso único. Clubes há que durante uma época inteira têm o seu estádio "a meio gás" e só quando têm a visita dos "Grandes" ou estão em vias de ter de lutar pela manutenção (ou quando a conseguem) a casa enche (muitas vezes, com bilhetes à borla!) e aí, das duas uma: faz-se festa ou a multidão exige a cabeça do treinador por se falhar o objectivo. A histeria colectiva momentânea é sempre boa para esses "números".

Espero, por isso, que quem vier para a 1ª Liga (para já, parabéns ao Trofense - que seja sangue novo que traga mais-valias ao campeonato) evite os mesmos erros (mau futebol, bilhetes caros, "choradinhos" quanto às "1001 injustiças que acontecem todas as jornadas"...) de quem já lá mora.

Em suma, para a próxima temporada espero que se jogue com estádios bem compostos todas as jornadas (bilhetinhos baratos, para variar, não?...) e que se jogue para ganhar. Para ser campeão, 2º, 3º... ou até para não descer de divisão. Mas não esperar pelos "milagres" de fim da época, jogando até ali mal e/ou disparando críticas em todos os sentidos, como se tudo estivesse mal... excepto o que está mal.
Remate de Marco António @ 13:48
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22/04/08

Depois da Bonança...


E pronto... Afinal, o Boavista jogou. E até ganhou. E até foi bonito ver como os jogadores (que viveram as últimas horas antes da partida contra o Nacional entre os estatutos de vilões e heróis, simultaneamente) festejaram o golo de Diakité e a vitória, no final. E foi triste perceber que o clube do Bessa está esfrangalhado, com as bancadas cheias de um grande vazio, até nas cadeiras ocupadas pelos adeptos que pouco acreditam que melhores dias virão (pelo menos, tão rapidamente quanto desejável). Enfim...

No clássico, não se passou nada (que não fosse esperado). O Porto dominou como quis um Benfica sem a "chama imensa", há muito perdida nesta época (ou, quiça, já nas outras temporadas anteriores).

O Vitória de Guimarães queixa-se de ter sido prejudicado no empate a zero de Coimbra e diz que isso se deve às pressões de Benfica e Sporting. Curioso... Mesmo que com razão desta vez, o Vitória até deve ser quem menos tenha razão de queixa (pelo menos, até agora)... E o dirigente que produziu as declarações (ainda ANTES dos jogos de Benfica e Sporting - "não" que tenha sido para pressionar quem quer que seja, claro!...) podia ter esperado um bocadinho. É que, no Domingo, ambos os adversários directos proporcionaram a Cajuda mais uma semana de sono bem dormido no 2º lugar no campeonato. Pela boca morre o peixe...

Se o Benfica perdeu - como se esperava, de resto - no Dragão, já o Sporting perdeu... onde ninguém esperava que perdesse. E fez mais. Não subiu ao tão almejado 2º lugar (o tal da Champions) quando o Vitória de Guimarães lhe tinha deixado uma "avenida" aberta até esse posto, conseguindo também a "proeza" de ser inapelavelmente goleado por 4-1 pelo último classificado da Liga numa casa onde a (condenada) União de Leiria nunca consegue ter mais de mil adeptos (e voltou a não ter - dois cerca de 3000, a maioria eram adeptos sportinguistas). Paulo Bento (depois de uma série de vitórias importantes, entre elas a última, no "Jogo do Ano") ainda agora deve estar a pensar: «Como vai aquele ditado mesmo...? É "Depois da tempestade vem a bonança"... ou será ao contrário?!»
Remate de Marco António @ 02:45
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19/04/08

Boavista 0 - Nacional 3*
*por... falta de comparência?!


Está a ser triste este fim-de-semana do futebol português... mais vai ser ainda mais, ao que tudo indica. Ah... E ainda só se jogou um encontro... e esta tristeza nem tem nada a ver com essa partida sequer. De facto, este fim-de-semana não está a ser nada bom.

Não me lembro (aliás, ninguém se lembra - a não ser que se seja mesmo muito, muito velho e simultaneamente se tenha muito, muito boa memória) de que alguma vez um jogo da 1ª Divisão não se tenha realizado por falta de comparência (voluntária) de uma das equipas. Pior do que isso, a equipa que este Domingo ameaça não entrar em campo é um dos (pouquíssimos) clubes que já foram campeões nacionais. O Boavista poderá fazer história... mas pelos piores motivos (sendo estes a falta de escrúpulos, a falta de organização, a falta de uma política financeira e, acima de tudo, a falta de vergonha dos que se dizem dirigentes do nosso futebol - já agora... onde andam os Loureiro's...?!).

Quando jogava nos Infantis e nos Iniciados, nas Distritais, também ganhei alguns jogos por falta de comparência e os motivos eram sensivelmente os mesmos... com a agravante de se estar a privar crianças e adolescentes de praticarem com brio a sua modalidade favorita. Estávamos nos anos 80 e, recordo, nas Distritais de Infantis e Iniciados. Amanhã viver-se-á uma página negra do futebol português, no séculos XXI e, recordo, na 1ª Liga "Profissional" de Portugal. Uma Liga tão profissional que um clube "de primeira" acredita num tipo que já foi pintor, pedreiro e... burlão e o apresenta à comunicação social como um "magnata", "salvador da colectividade". Também desse tipo de "páraquedistas" apetece falar mais mas... valerá a pena?

Talvez tenhamos o futebol que merecemos, no fundo. Até porque não é em qualquer país que uma equipa sai com muita dificuldade do seu centro de estágio, devido ao arremesso de objectos e pirotecnia contra o autocarro... pelos próprios adeptos. Talvez haja quem continue a achar que «o futebol é isto mesmo». Eu não acho, de certeza.

ÚLTIMA HORA:
O Presidente do Sindicato dos Jogadores acaba de anunciar que, afinal, os jogadores do Boavista vão estar presentes no jogo do Bessa, frente ao Nacional da Madeira. Não sei se fico menos triste por isso, visto que o acordo feito com os dirigentes axedrezados me parece muito frágil... mas posso estar enganado (espero, sinceramente, que esteja). O pior é que, se o acordo falhar e a equipa decidir mesmo parar, a falta de comparência em qualquer um dos últimos três jogos do campeonato resulta em descida de divisão. É bom que quem tenha a responsabilidade de não falhar... não falhe mesmo, sob o risco de ser "pior a emenda que o soneto".
Remate de Marco António @ 17:10
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16/04/08

FC Porto - Sporting
na Final da Taça de Portugal


O FC Porto fez, ontem à noite, o que mais fez durante toda a época: ganhar um jogo com mérito. No caso, o jogo era o da meia-final da Taça de Portugal e, consequentemente, os dragões vão estar no Jamor a disputar o troféu. Pelo meio, houve (como no encontro para a Liga, do passado sábado) um lance em que os azuis e brancos foram beneficiados pela arbitragem. Não precisavam da "ajuda", mas tiveram-na; e não precisavam porque, como em praticamente todos os jogos da época, foram (bastante) superiores ao adversário. O que nos leva ao ponto mais inesperado da partida de ontem à noite. O Vitória de Setúbal foi muito inferior ao FC Porto. Não era esperado por ninguém, mas de facto aconteceu. A equipa de Carvalhal apareceu em campo "encolhida" e sem "chama". Apesar de se ter poupado no sábado, aparentemente o Vitória acusou finalmente o cansaço de uma temporada superior a todas a expectativas. Carlos Costa, presidente da Comissão Administrativa do clube sadino, disse que queria as duas taças da época mas não pode dar a época por "perdida". Afinal, o Vitória de Setúbal fez uma grande temporada e inscreveu o seu nome na história ao ser o primeiro vencedor da Taça da Liga Portuguesa.

O resultado do jogo foi de 0-3 para o FC Porto, que disputa a final com o... Sporting!

Que GRANDE jogo de bola aconteceu esta quarta-feira à noite em Alvalade! Grande! GRANDE! GRAAAANDE! Estive lá em trabalho e posso dizer com toda a franqueza que foi o jogo mais electrizante que vi ao vivo na minha vida. O Benfica entrou melhor, acima e tudo porque o Sporting voltou a entrar mal no jogo (já vai sendo algo habitual ver os leões "darem" os 45 minutos de "avanço da prache" ao adversário. Para mais, Rui Costa e Di Maria estavam apostados em fazer deste jogo o prometido "jogo do ano" do Benfica. Adrien Silva (titular no Sporting) nunca chegou verdadeiramente a entrar em jogo e a substituição com a entrada de Izmailov lá empurrou os verde e brancos de novo para a discussão do jogo. Mas com 0-2 ao intervalo (e cerca de 10 mil vibrantes adeptos do Benfica em Alvalade - que deram um belíssimo contributo ao espectáculo), ninguém imaginaria o que a segunda parte haveria de oferecer. Paulo Bento afirma que, no balneário, disse aos jogadores o que lhe ia na alma. Não sei o que terá sido, mas desconfio que tenham sido palavras de grande inspiração porque no segundo tempo, o Sporting entrou melhor, acima de tudo porque o Benfica "decidiu", inexplicavelmente, defender o resultado com três quartos de hora por jogar. Puro erro. O resto foi magia. Feita por Moutinho (com a bola enviada à barra e muitas bolas recuperadas para alimentar o ataque), por Izmailov (literalmente, a "fazer mexer" a equipa), por Liedson, por Derlei, por Vukcevic (todos com golos) e por Djaló (com dois). A marcha do reultado dá conta do (muito) que se viveu em Alvalade. 0-1 (19' - Rui Costa), 0-2 (31' - Nuno Gomes), 1-2 (Djaló - 66'), 2-2 (Liedson - 76'), 3-2 (Derlei - 79'), 3-3 (Rodriguez - 82'), 4-3 (Djaló - 85'), 5-3 (Vukcevic - 90'). Que GRANDE jogo de futebol! Derlei mostrou o que é: um guerreiro. O tal guerreiro que no Benfica não o foi porque nunca conseguiu, mas que o foi no Porto e agora também no Sporting, ao regressar aos relvados num derby, cheio de garra e um golo determinante. Rui Costa foi o maestro de um Benfica que, se não se tem remetido à defesa, poderia ter dado um recital encarnado em Alvalade. Deu... mas só na primeira parte. São estes os meus dois destaques dos jogo. Poderiam facilmente ser outros (tantos!) mas são estes. Quanto aos treinadores, de Paulo Bento já falei; em relação a Chalana, falar numa alegada dualidade de critérios de Jorge Sousa é algo estranho depois de um jogo destes, dizer a defesa encarnada não tem culpa porque de certeza os defesas não queriam sofrer os golos é absolutamente surreal e resumir o jogo a «O futebol é isto mesmo» até poderia ser correcto, mas duvido que seria isso que o treinador interino do Benfica queria dizer, porque de facto o feubol deve ser aquilo mesmo, mas Chalana já vem dizendo a mesma frase há umas semanas, quando o Benfica goleu o Paços na Luz, quando empatou a zero no Bessa, quando perdeu 0-3 em casa com a Académica. Talvez Chalana tenha um conceito muito alargado do que é realmente o futebol... Não sei. Já aqui disse que esta Meia-Final foi um GRANDE jogo...!?...

Por fim, a Final.
... Já escrevi muito...
Falo da Final depois.
Remate de Marco António @ 10:57
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