Por favor, não responda já. Pode ser que concorde ou discorde da minha opinião. Ainda assim, pode responder de imediato, se quiser, claro.
Eu penso que não. Não podemos viver sem aquilo a que normalmente se chama de “Clássicos”.
Esta semana tivemos o primeiro… da Liga. Já tínhamos tido um na SuperTaça… e ainda outro na pré-época (no Torneio do Guadiana). Já estamos de barriga cheia quanto a “Clássicos”?... Não. Só à conta de Porto, Sporting e Benfica teremos mais dois na 1ª volta do campeonato, mais três na 2ª e mais um número indeterminado deles (pode ir de zero até… não faço ideia) se os grandes se encontrarem na Taça de Portugal e na Taça da Liga. Isto, caso não se encontrem também – que raio… mais vale pensar logo em grande! – nas competições europeias.
Aí, já teremos a barriguinha cheia?... Não!
A “fome” de emoção na bola é tal (na nossa muitas vezes pobre realidade futebolística) que a definição de “Clássico” é cada vez mais alargada e, por isso, atribuída a mais jogos, mesmo que não tenham, à partida, “estatuto” de “Clássico”.
Esta semana, logo após o Benfica – Porto, ouvi que na segunda-feira Braga e Sporting jogavam mais um “Clássico”. É certo que arsenalistas e leões já andam pela primeira desde “sempre”, mas será que isso confere ao jogo o tal epíteto?
Isto acontece também (mais, ultimamente) com jogos em que intervenham clubes como Vitória de Setúbal, Belenenses, Vitória de Guimarães, Boavista (mesmo estando na segunda, pode jogar “Clássicos” na Taça), Académica,… ou até Barreirense ou Atlético. Por exemplo, chamar “Clássico” a um Guimarães – Setúbal (sem desprimor para qualquer um dos clubes), como ouvi na antevisão à partida inaugural da Liga, perece-me forçado e denota que se tenta mascarar a recorrente pobreza dos espectáculos com “rótulos” que induzam expectativa no público.
E quando “Clássico” não serve, há-de servir “Derby” (Paços de Ferreira – Trofense, “derby do Douro Litoral”… Enfim…), “Tira-Teimas” (na 2ª volta, o FCP – SLB vai acumular “Clássico” com “Tira-Teimas”, devido ao empate de há dias), ou outra qualquer expressão que faça com que o adepto já vá para o estádio com os nervos em franja. Depois não admira que haja diabos de barba a entrarem em campo para bater nos árbitros. Quando era miúdo, lembro-me disso no “derby” lá da minha zona, o Sourense – Norte e Soure (que, na altura, também era um “clássico” das Distritais). Era cá uma pilha de nervos!… e os bandeirinhas bem o sabiam.
Eu penso que não. Não podemos viver sem aquilo a que normalmente se chama de “Clássicos”.
Esta semana tivemos o primeiro… da Liga. Já tínhamos tido um na SuperTaça… e ainda outro na pré-época (no Torneio do Guadiana). Já estamos de barriga cheia quanto a “Clássicos”?... Não. Só à conta de Porto, Sporting e Benfica teremos mais dois na 1ª volta do campeonato, mais três na 2ª e mais um número indeterminado deles (pode ir de zero até… não faço ideia) se os grandes se encontrarem na Taça de Portugal e na Taça da Liga. Isto, caso não se encontrem também – que raio… mais vale pensar logo em grande! – nas competições europeias.
Aí, já teremos a barriguinha cheia?... Não!
A “fome” de emoção na bola é tal (na nossa muitas vezes pobre realidade futebolística) que a definição de “Clássico” é cada vez mais alargada e, por isso, atribuída a mais jogos, mesmo que não tenham, à partida, “estatuto” de “Clássico”.
Esta semana, logo após o Benfica – Porto, ouvi que na segunda-feira Braga e Sporting jogavam mais um “Clássico”. É certo que arsenalistas e leões já andam pela primeira desde “sempre”, mas será que isso confere ao jogo o tal epíteto?
Isto acontece também (mais, ultimamente) com jogos em que intervenham clubes como Vitória de Setúbal, Belenenses, Vitória de Guimarães, Boavista (mesmo estando na segunda, pode jogar “Clássicos” na Taça), Académica,… ou até Barreirense ou Atlético. Por exemplo, chamar “Clássico” a um Guimarães – Setúbal (sem desprimor para qualquer um dos clubes), como ouvi na antevisão à partida inaugural da Liga, perece-me forçado e denota que se tenta mascarar a recorrente pobreza dos espectáculos com “rótulos” que induzam expectativa no público.
E quando “Clássico” não serve, há-de servir “Derby” (Paços de Ferreira – Trofense, “derby do Douro Litoral”… Enfim…), “Tira-Teimas” (na 2ª volta, o FCP – SLB vai acumular “Clássico” com “Tira-Teimas”, devido ao empate de há dias), ou outra qualquer expressão que faça com que o adepto já vá para o estádio com os nervos em franja. Depois não admira que haja diabos de barba a entrarem em campo para bater nos árbitros. Quando era miúdo, lembro-me disso no “derby” lá da minha zona, o Sourense – Norte e Soure (que, na altura, também era um “clássico” das Distritais). Era cá uma pilha de nervos!… e os bandeirinhas bem o sabiam.
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* Crónica publicada simultaneamente, a 5 de Setembro de 2008, no jornal
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