28/08/08
25/08/08
Jornada 1 = Jornada 1 (tal como no ano passado...)
Tal como no ano passado, o Benfica começou com um empate a uma bola no Norte do país, com um recém-promovido à Liga. Há um ano foi com o leixões, desta vez, com o Rio Ave. Os encarnados perderam pontos logo à 1ª jornada e provaram o que Quique Flores já tinha avisado: ainda há muito trabalho a fazer.
Tal como no ano passado, logo na ronda inaugural do campeonato, o Benfica perdeu pontos... mas os outros grandes não. O Porto começou a defesa do título, no ataque ao tetra-campeonato, com uma vitória por 2-0 frente ao Belenenses, no Dragão. Tal como no ano passado, depois da derrota na Supertaça com o Sporting, os azuis e brancos marcaram dois golos e somaram os primeiros três pontos na tabela.
Para não variar, a constante entre o início da última e da nova temporada passa também pelo Sporting que, tal como no ano passado, entrou de rompante na Liga e teve a vitória mais volumosa dos três grandes. A destacar do jogo de Alvalade, o erro de arbitragem mais evidente na jornada 1, que deu um penálti ao estreante Trofense, quando devia ter dado apenas um livre. Paulo Bento tinha falado nas arbitragens na semana que precedeu a partida. Depois do apito final, disse que estava certo «ao alertar para o que aí vinha».
Mas nem só aos três grandes aconteceu precisamente o mesmo que na 1ª jornada, há um ano atrás. A semelhança com 2007/2008 chega a ser tal que até Vitória de Guimarães e Vitória de Setúbal voltaram a encontar-se no Dom Afonso Henriques... tal como no ano passado, por esta altura. E o resultado, esse, foi exactamente o mesmo: um empate a uma bola.
Remate de
Marco António
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14:56
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22/08/08
(Um) Valor de Ouro
Hoje estive à conversa com Élida Évora, mãe de Nélson Évora. Para além de que ter essa oportunidade é um verdadeiro privilégio, só tenho a dizer que fico extremamente feliz por perceber que a humildade ainda é um daqueles valores que passa de pais para filhos e que isso, nos momentos certos, faz toda a diferença. Parabéns e obrigado a si, Élida. Parabéns, obrigado e as melhoras para o seu marido. Foi um prazer "invadir" a sua casa.
foto: Diário de Notícias Online
21/08/08
Évora e o Templo de Nélson
19/08/08
O Balneário "F" (e uma solução para o problema)
Antes de escrever as linhas que se seguem, tive o cuidado de ir ler o que tenho escrito acerca dos atletas olímpicos portugueses, sobre o que achava deles antes do início da competição e já durante a mesma. Creio que o meu discurso pode parecer incoerente mas acredito que, na verdade, não é. Continuo a pensar que há grandes atletas em Portugal e que alguns deles foram a Pequim, muito embora a coisa não esteja a correr mesmo nada bem a uma larga maioria dos elementos da comitiva nacional. Também continuo a achar que a opinião pública embarca facilmente na passagem de "bestiais" a "bestas" dos atletas que, de 4 em 4 anos, aparecem à vista de todos, quando nos restantes anos que permeiam os Jogos Olímpicos (JO) nunca são sequer falados por ninguém. No entanto, as coisas estão, neste momento, num plano de mau ambiente difícil (impossível) de ignorar.
Logo nos primeiros dias, com os resultados do Judo (que ficaram áquem do que se esperava), as fricções entre colegas de comitiva começaram a ser visíveis (e também audíveis e legíveis, através da Comunicação Social*). A menção de Telma Monteiro às arbitragens, a crítica Pedro Dias à diferença de estatuto entre Telma Monteiro e todos os restantes judocas foi o início de algo que só se vem avolumando a partir daí. Agora, já todos os atletas comentam as palavras uns dos outros, defendendo-se a si próprios, criticando os outros, apontando o dedo a quem vai "passear" aos JO ou criticando quem diz que há quem vá "passear" aos JO, dizendo que Portugal está a gastar dinheiro com eles ou dizendo que Portugal devia gastar mais dinheiro com eles, que de manhã é melhor a «caminha» ou que se «não for a sério... não vale a pena». Pelo meio, há um dirigente do COP (que até é o presidente da entidade) a criticar toda a gente; literalmente, toda a gente: desde quem fala na caminha, como quem acaba de ganhar uma medalha e refere que nem toda a gente "dá o litro" nos JO, não deixando também de criticar a Comunicação Social, a quem falou - e que reproduziu fielmente o som das declarações - mas veio desmentir no dia seguinte. Ah... esse dirigente também diz, a meio dos JO, que se vai embora daqui a uns tempos. Faz lembrar Scolari no Euro2008. E olha como isso deu "bons" resultados...
No calão do Jornalismo Desportivo, costumamos dizer que, quando toda a gente aponta o dedo a toda a gente, o "balneário está todo f...". E este está, de facto, todo...
Curiosamente, o que se está a verificar em Pequim com a Missão Olímpica Portuguesa é só um triste espectáculo em que se percebe claramente que há todo um país a duas velocidades (ou somos os maiores ou sempre os mesmos desgraçadinhos) e em que continua a imperar a filosofia do "Em casa que não há pão...". O chato é que se está a discutir o problema da forma mais errada, digo eu.
Na minha opinião, o estado actual do nosso Desporto (e da nossa equipa olímpica) é a fiel imagem da nulidade de ideias que existe há anos na abordagem ao exercício físico no nosso país. O Desporto Escolar (DE) é, que eu saiba, um corpo estranho a todo universo escolar nacional, por exemplo. No meu tempo, o DE era só uma brincadeira, extremamente mal organizada e inconsequente; ia-se sem espírito competitivo, sem condições e sem esforço de ninguém para que dali saísse algo de bom, a não ser o facto de se passar um dia, de vez em quando, longe da escola de origem e passá-lo noutra; nada mais. Antes disso, na Escola Primária, o nosso "desporto" era o berlinde e a futebolada ocasional nos intervalos. Actualmente, já há Educação Física no 1º Ciclo ("Expressão e Educação Físico-Motora") mas continuo a ver a criançada mais dedicada aos comandos das consolas. Obviamente, se uma criança não for devidamente motivada a exercitar-se e a gostar de praticar desportos enquanto é possível "torcer o pepino", não será certamente depois da adolescência (já com muitas - demasiadas - horas de PlayStation contabilizadas, em detrimento do exercício físico), que a rapaziada vai sair de casa (e de frente da TV) para correr, nadar, juntar-se a uma equipa de Voleibol, Basquete ou, sei lá, de Natação Sincronizada. Tudo porque essas actividades nunca sequer lhes são dadas a conhecer devidamente. A regra em Portugal é que os miúdos praticam os desportos que os pais estão dispostos a "subsidiar", sendo que os pais normalmente vêem o esforço de ir levar a miupeõesdagem aos treinos como uma maçada ou só como mais um modo de não terem de ser "pais" por mais umas horitas**.Além disso, os horários escolares em Portugal, não permitem tempo para este tipo de actividades e, muitas vezes, os treinos desportivos extra-curriculares de crianças e jovens acontecem em horário pós-laboral (quando joguei futebol, em miúdo, os treinos eram às sete da tarde ou oito da noite - hoje em dia, isso não é muito diferente... e já se passaram 25 anos!).
Portugal não pode continuar a desesperar por medalhas e a exigí-las da forma que exige aos atletas olímpicos. A verdade é que não pode haver qualidade se não houver, primeiro, quantidade. Por vezes, há qualidade (temos, repito, grandes atletas, que eu admiro muito e acho que devem ser acarinhados e motivados), mas isso é mais uma questão de sorte em haver alguém com talento e características físicas favoráveis do que propriamente capacidade do país na formação de campeões. É essa capacidade que Portugal precisa desenvolver rapidamente. Se o fizer, os resultados deverão surgir (se tudo der realmente certo) lá pelos JO de 2024, nunca antes (e, até lá, era bom que os portugueses em geral tivessem a noção de que saber esperar é uma virtude). Se não o fizer, corre o risco de o que se está a passar em Pequim se repita em Londres daqui a 4 anos, e também daqui a 8, 12, 16, 20... ou até que Portugal deixe definitivamente de ter uma Missão Olímpica, pura e simplesmente.
Pensar nisto (a sério) não custa nada. Se ninguém pensar é que o custo será tremendamente mais elevado.
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* Aproveito para recordar que todas as declarações feitas pelos olímpicos portugueses em Pequim aos jornalistas (que já vi serem acusados de "fabricarem" uma suposta polémica acerca deste assunto), foram prestadas livremente, por cada um, que deve ser responsável pela sua própria opinião.
** No "capítulo" dos papás que levam os filhos aos treinos ainda há outra realidade preocupante: a dos pais que colocam os filhos em escolas e clubes de futebol unicamente para que estes se tornem "Cristianos Ronaldos" (e que são bem duros e exigentes com eles, com os treinadores que não os colocam de início, com o outro miúdo colega de equipa que até passou uma rasteira ao filho... ah... e com o resto do mundo também) com o objectivo final de que uma eventual transferência para o Real Madrid lhes venha a possibilitar ter uma velhice de $onho. Mas isso são contas de outro rosário, para outro post, quando me der para falar nisto de novo.
E finalmente aconteceu "Vanessa"
Estive acordado das 3h às 5h, para ver a prova de Vanessa Fernandes no Triatlo olímpico. Uma prova difícil, batalhada, que podia até ter sido de ouro para Portugal mas em que a australiana Snowsil (a maior rival de Vanessa) esteve verdadeiramente num grande dia. Podia dizer que Vanessa não ficou em primeiro, é certo; mas, vendo o que lhe vi e ouvindo o que lhe ouvi, estou certo de que Portugal não ficou, de todo, em segundo lugar. E estava genuinamente feliz pela medalha de prata, em vez de triste por não ter chegado ao ouro. A mim, encheu-me as medidas.
Remate de
Marco António
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16:38
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Jogos Olímpicos,
Vanessa Fernandes
17/08/08
Supertaça: FCPorto 0 - 2 Sporting
Hoje não vou dizer novidade nenhuma. Decidi ser uma espécie de "Maria-Vai-Com-As-Outras" e opto por escrever algo que já vi escrito dezenas de vezes desde o apito final de ontem à noite. O Sporting partiu em teórica desvantagem para esta final da Supertaça que acabou por ganhar, frente a um FC Porto favorito, por ser o campeão em título e a pré-época azul e branca ter corrido de feição à equipa de Jesualdo Ferreira. No entanto, no Estádio Algarve foi sempre evidente que os leões estavam melhores que os dragões, sendo que os dragões pouco se ajudaram ao cometer erros que pouco lhes são habituais. Aproveitou o Sporting, acima de tudo pelo pé de Yannick. Com Rochemback, Moutinho, Derlei e Izmailov em bom plano e Patrício a acabar o jogo bem melhor do que o começou, Djaló acabou por ser o "Ás de Trunfo" num jogo de cartas em que Paulo Bento teve, desde início, uma melhor mão (e também melhores opções no resto do baralho) do que Jesualdo. O Sporting venceu a quarta final em cinco possíveis pela mão de Bento (o "Papa-Taças" - alcunha que até lhe agrada) mas resta saber se a lacuna da irregularidade no todo da época está a caminho de ser resolvida, para que os leões voltem a ter ambições ao título de campeão nacional.
15/08/08
E se contratássemos o Phelps...?*
* o meu singelo contributo olímpico
Como jornalista desportivo, tenho, obviamente, seguido os Jogos Olímpicos de Pequim. Como português, tenho, obviamente, seguido os Jogos Olímpicos de Pequim com alguma preocupação.
Com uma semana de provas, ainda não há medalhas conquistadas para o pecúlio nacional, o que está a deixar o país meio com os nervos em franja. No fundo, parece-me que Portugal desespera por que alguma coisa de bom lhe aconteça muito em breve.
No entanto, e pegando por aí no assunto, com a situação econónima e social que o país atravessa, está cada vez mais claro que neste momento pouca coisa nos poderia alegrar tanto quanto um bom êxitozinho desportivo; só para nos esquecermos da crise que paira sobre as nossas cabeças. Mas falhámos no Euro2004, falhámos no Mundial2006, falhámos no Euro2008 e, vendo que no futebol não nos safamos, virámo-nos todos para os atletas olímpicos, a quem nunca damos grande cavaco, mas a quem agora exigimos que façam sozinhos o que 23 caramelos extremamente bem pagos insistem em não conseguir. Acho inteiramente justo que se exija "mundos e fundos" a esses tipos cuja função é, claramente, carregar Portugal às costas e ganhar medalhinhas para que nos sintamos todos muito melhores do que aquilo que somos e isso sirva de argumento para nos candidatarmos a organizar mais dois Campeonatos da Europa... de futebol, um Campeonato do Mundo (idem), umas quantas cimeiras internacionais, uma exposição universal e, já agora, contunarmos a cosntruir a mais alta árvore de natal da Europa (cada vez mais alta, claro) e a bater recordes do Guiness de tudo e mais alguma coisa, principalmente se forem de cenas de comida.
Mas com o ritmo que a coisa leva, desconfio que haverá fortes possibilidades do país continuar a chorar aí pelos cantos, sem razões para sorrir.
Agora, assim de repente, que o atletismo olímpico já começou, podemos pensar que a nossa salvação possa passar por Obikwelu, Nelson Évora e Naide Gomes. Curiosamente, três "filhos de outras nações" que Portugal adoptou (ou que adoptaram Portugal). No fundo, foram boas "contratações" nossas, que podem render medalhinhas (e falsa sensação de grandeza) ao país.
Um país que, mesmo (aparentemente) sem grande guito para gastar, conseguiu contratar um treinador que tinha acabado de se sagrar Campeão do Mundo de futebol (e que por nós não ganhou nada), também podia "atalhar" e assegurar desta forma a conquista de medalhas, se isso faz feliz tanta gente. Contratávamos o Michael Phelps e o assunto resolvia-se. Claro que isso exigiria um esforço financeiro considerável mas... que raio... na "hora h" dinheiro nunca é problema, vá lá saber-se como...
Se o investimento se justificaria? Julgo que sim. Se Phelps (só ele) fosse um país, já teria ganho mais medalhas (6) nestes Jogos Olímpicos do que Turquia, Brasil, Argentina, Dinamarca, Espanha, Suíça, Suécia... e estaria muito perto da Grã-Bretanha, mesmo que já leve 3 medalhas de ouro de vantagem sobre os súbditos da Isabel II.
Talvez não fosse mau pensar em escrevinhar um contratozito e apresentá-lo ao nadador (para já ainda) americano. Em Londres 2012 já não pensaríamos tanto na crise.
11/08/08
Confesso que estou preocupado...
... com o que se está a passar em Pequim. Sério. Mais do que me incomodar o facto de ainda não termos ganho nada e que os nossos atletas estejam (exagerando na imagem) a "cair que nem tordos" aos pés dos outros, incomoda-me sobremaneira o que tenho lido nos jornais, ouvido nas rádios e visto nas televisões.
Ao passar os olhos por um jornal desportivo de hoje, leio palavras como «tristeza», «morrer», «de rastos», «paguei a factura», «perdeu sem espírito olímpico», «afastado», «eliminado»... e isto só nos títulos relacionados com os portugueses. Ontem, numa televisão, ouvi Venceslau Fernandes (pai de Vanessa) a admitir que o pé esquerdo com que os nossos atletas começaram os Jogos está a afectar a confiança da filha e, voltando aos jornais, reparo que Sérgio Paulinho abdicou da prova de Ciclismo de estrada (de um dia) devido a um problema de saúde mas, dois ou três dias depois da "desistência", arrancou pela sua equipa para uma prova por etapas de preparação para a Volta a Espanha (de três semanas). Pronto... lá se foi a defesa de uma medalha de prata conquistada em Atenas.
Ainda no mesmo jornal (tal é profusa a dose de informação relacionada com os JO), leio com pena que Telma Monteiro se terá queixado da arbitragem (juro que acredito que não terá sido intenção da fantástica judoca desculpar-se com isso, mas não deixo de ter pena que seja mencionado na mesma, após a derrota) e que Pedro Dias, outro judoca afastado pela luta por medalhas "denunciou" uma alegada diferença de condições dadas a Telma em relação às dadas aos outros judocas nacionais. Algo como «contar os trocos para pagar as contas ao fim do mês é complicado» foi dito... e isso é ainda mais lamentável.
Em todos os JO há pelo menos um caso destes, de atletas que aproveitam (não quero opinar se bem ou mal) o facto de os jornalistas portugueses quererem saber como correu a sua prova para se queixarem da falta de condições, apesar de só o fazerem após as próprias derrotas. Em tempos falou-se de sapatos de corrida remendados ou de correr descalço, por exemplo.
Conheço e compreendo as dificuldades de quem treina todos os dias por um objectivo (eu próprio fui atleta de competição). Mas não será tempo de o Comité Olímpico Português acautelar essas situações (financeiramente ou com precisas instruções acerca do contacto com os media) antes que venham a terreiro... sempre no rescaldo dos desaires? É que Portugal não gosta de ouvir isso (e eu penso que tem razões para não gostar).
08/08/08
Peço desculpa mas… Nada de Pré’s *
Sei perfeitamente que, pelos critérios de relevância jornalística, esta crónica deveria versar sobre a pré-época dos clubes de futebol. Não versa. O “Discurso Directo” não gostará certamente que eu diga isto mas se o leitor esperava que o texto versasse sobre a pré-temporada, talvez o melhor seja deixar de o ler agora. Há outras coisas boas para ler neste jornal.
Nunca gostei das pré-temporadas. Nem dos defesos, nem das mil e uma pseudo-contratações de que se fala sempre (e que depois só dão em meia dúzia delas, na verdade)… Enfim… com o mau futebol que se pratica em Julho e Agosto a “ajudar à festa”, acho mesmo que há coisas mais importantes sobre que falar nesta altura.
Os Jogos Olímpicos começam hoje. No meio das polémicas inerentes a uma escolha extremamente dúbia feita pelo Comité Olímpico Internacional na atribuição da organização do evento à China – “exemplo” de liberdade e respeito pelos Direitos Humanos (deve ter sido pela “familiaridade” da designação “Comité”) –, penso haver algo muito mais relevante a destacar.
Lá, vai competir uma larga comitiva de atletas portugueses (80) que pouca gente conhece em Portugal, que não ganham balúrdios e que são grandes desportistas… sempre, mesmo quando injustamente são apontados como fracos, ao não conseguirem medalhas. Chegar a um pódio de apenas três lugares, sozinho, é uma verdadeira proeza. Questiono-me sempre por que raio praticamente só se idolatra jogadores de futebol (que nem semopre jogam bem e sozinhos nunca serão ninguém) e os atletas olímpicos só lhes chegam aos “calcanhares” quando ganham o ouro (e isso nem sempre é garantido).
Arrisco ainda a “roer” mais esta “corda” e a destacar outros excelentes atletas que vão competir em Pequim. Depois dos Olímpicos, entra em acção a Missão Portuguesa aos Jogos Paralímpicos. São 33 super-atletas que superam as duríssimas adversidades que a vida lhes criou e ainda ganham medalhas para Portugal, com um sorriso no rosto, mesmo que esses (garantidamente) ninguém os reconheça na rua por cá. Sabia que nas últimas seis edições dos Jogos Paralímpicos foram conquistadas 81 medalhas para Portugal, 25 delas de ouro?
Perante isto, por que razão deveria a crónica versar sobre a pré-época da bola… se não se passa nada de realmente importante?
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* Crónica publicada simultaneamente, a 8 de Agosto de 2008, no jornal
07/08/08
Pequeno Privilégio de Jornalista
Estádio da Luz, visto da relva.
Enquanto esperava, ao início da tarde de hoje, entre duas entrevistas feitas a jogadores do Benfica, tive a chance de assinalar o momento e colocar aqui uma imagem que ilustra um dos meus maiores prazeres relacionados com o futebol: o cheiro da relva. No caso, poder sentir o cheiro da relva e tirar um foto como esta torna-se não só num prazer como num acto muito cool. Afinal, nem toda a gente tem o privilégio de o fazer em pleno tapete verde do Estádio da Luz. Ser jornalista desportivo tem, de facto, alguns pontos positivos.
03/08/08
Pré-época
Não gosto das pré-épocas. Os defesos (com as suas mil contratações e mais as suas mil... e uma pseudo-contrações-negociações-interesses-propostas-vindas-e-não-vindas) são uma imensa dor de cabeça para jornalistas que não se sintam como peixe na água nessa confusão anual de contra-informação que é o periodo maior de transferências em praticamente todo o mundo (há-os; eu é que não sou um deles). Além disso, os jogos de pré-temporada são, quase sempre, deprimentes. Não há espectacularidade, fio de jogo, coisas importantes a ganhar (não fosse o "derby" fora de horas entre Benfica e Sporting no "Algarve com Portugal a Banhos" e o Torneio do Guadiana valia muito pouquinho)... no fundo, não há nada daquilo que eu gosto verdadeiramente no futebol.
Perceber quem se afigura como principal candidato já chateia mas todos os anos se faz esse exercício de futurologia. Toda a gente diz que o Porto (por ser campeão - nunca vi lógica neste argumento) parte em vantagem (embora tenha zero pontos como todos os outros) e é o principal candidato. Além de ser sempre candidato (como o são Benfica e Sporting também - e isso de s´+o haver três candidatos também já chateia), ser ou não o principal candidato nesta altura pouco importa. Estou certo que ser o principal candidato agora e não ser campeão no fim de nada vale. O mesmo se aplica a Sporting e Benfica, claro.
O chamado "Campeonato de Pré-època" é simplesmente parvo. É sempre divertido (no sentido de... parvo) que haja malta a atribuir pontos por vitórias, empates e derrotas em jogos que podem ter 30 jogadores por equipa a entrar em campo, que podem ser de apenas 45 minutos, com equipas tanto de top europeu como das distritais portuguesas ou estrangeiras (no caso do Sporting, por exemplo, ganhar ao Blackburn e ao Atlético do Cacém vale o mesmo?!?), que podem nunca ser para ganhar mas sim só para experimentar novas tácticas... Enfim. O que nunca vi foi o troféu correspondente a essa competição fascinante, o "Campeonato de Pré-Época". Ah! E há competições europeias disso também?!?... Hmmm... Se calhar, até há. A Intertoto.
No Porto vai tudo de vento em popa... exceptuado a popa do Quaresma. O vai-não-vai para o Inter deixa-o fora de jogo há vários jogos. Cheira-me que já não volta a usar o equipamento do FC Porto... a não ser que lhe pinte as listas brancas de negro.
No Benfica tem sido estranho ver que há vários excelentes jogadores a entrar no plantel mas que de plantel a equipa tem pouco. E, já agora, de equipa tem ainda menos. Mas não há nada que o tempo não resolva... embora isso também se pensasse em relação à "equipa" que Fernando Santos armou no defeso da época passada e o tempo para ele acabou ao fim da 1ª Jornada do campeonato. Quique deve estar a olhar para o relógio.
No Sporting tudo ia bem e calminho até João Moutinho ter, em minha opinião, colocado a "pata na poça" e a partir daí, no Sporting, tudo vai mal e nada calmo. No meio, uma conferência de imprensa de João Motinho significa um rol de perguntas e respostas por vezes desinteressante, já que em nenhuma das respostas dadas pelo jogador há um rasgo de espontaneadade. Tudo é ponderado antes de ser dito. Conhecendo minimamente Paulo Bento, parece-me que passa muito por aí a responsabilidade dada a Moutinho de ser capitão de equipa. No Guadiana, ele "espalhou-se". Para mim, em causa não estão as razões pessoais que invocou para dizer o que disse, foi a forma como o fez. Dizer que está de corpo e alma no Sporting, agora, até pode ser sentido mas não soa a isso; e dizer que não se arrepende não me parece sensato, porque está visto que o capitão não quer ver que isso dividiu o clube, os adeptos e até a própria equipa que é suposto liderar.
Dos outros todos pouco se tem falado, como sempre. A culpa também é minha, eu sei. Prometo que vou ver o que se tem feito e dito nestes últimos tempos e, mesmo que não goste de pré-épocas, vou tentar aqui suprir essa lacuna.
Remate de
Marco António
@
19:16
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